A Xiaomi recuperará em 2021 uma das linhas de smartphones que tem vindo a mudar a face do mercado mobile desde 2016. Os Mi MIX chegaram em 2016 e a indústria recusou-se, momentaneamente, a acreditar que tal smartphone Android podia existir.
Tornar-se-ia num dos telefones Xiaomi e, não só, mais populares de sempre, fazendo-me também acreditar podermos realmente fugir ao padrão de retângulos com margens grandes, feias e inúteis, passando a criar invólucros construídos em cerâmica, belas peças de tecnologia com um aspeto e construção premium. A linha Mi MIX era realmente algo diferente.
De 2016 a 2019 os Mi MIX colocaram a Xiaomi nas bocas do mundo
Ainda que os últimos lançamentos - sem contar com o Mi MIX Alpha que não passou de um conceito - fossem já pouco inovadores face às gerações anteriores, os MIX representavam para a Xiaomi aquilo que os dobráveis representam agora para a Samsung.
Uma visão de futuro que a marca conseguia colocar nas mãos dos consumidores. Um feito digno de nota para uma pequena fabricante chinesa, que desde então já subiu ao terceiro lugar no ranking mundial das maiores fabricantes de smartphones.
E, se em 2019 o Alpha veio tomar o mundo de assalto com o seu ecrã envolvente, o terminal nunca chegou às mãos do consumidor comum. Era um ideal, uma prova do que a fabricante era capaz de conceber, cogitar e, em pequena escala, produzir.
Sem a Huawei, a Xiaomi crescerá consideravelmente em 2021
Recentemente afirmei que a Xiaomi como a conhecemos desaparecerá. Aqui referindo-me à perceção da marca como fabricante de smartphones baratos, com uma leve conotação negativa no conceito de barato enquanto indicador de pouca ambição.
Em 2021 a linha Mi MIX trará de novo a "magia" ao mercado de smartphones Android e, após conhecer o "Alpha", não espero senão grandes feitos e surpresas da próxima iteração desta gama. A confirmação do seu retorno foi agora dada pela própria Xiaomi.
Mais concretamente, foi pela voz de Lei Jun que esta confirmação teve lugar, antecedida pelo testemunho de Lu Weibing. Temos assim a certeza que até ao final do ano chegará um novo smartphone Android disruptivo, não propriamente dobrável, mas sem dúvida cativante.
Em cima da mesa estão hipóteses como o conceito de ecrã extensível ou rolável, ecrã "tradicional", mas envolvendo totalmente as arestas do telefone, ou até o ecrã dobrável, uma das implementações que tem pautado a marca dominante, a Samsung.
Além de smartphone também teremos novos tablets Xiaomi
Algo que já não acontecia desde 2018 uma vez que este segmento tem definhado de ano para ano. Ainda assim, a fabricante chinesa sente ser finalmente a hora de renovar o Mi Pad 4 Plus lançado há mais de dois anos.
Ainda que nada seja sabido sobre os preços dos seus próximos dispositivos móveis, contamos com pelo menos uma aposta ultra-premium após a fabricante ter inquirido a receção do público a um smartphone de 1500 euros, preço aproximado.
Isto mostra-nos que, mais que nunca, a Xiaomi explora novos territórios. Em 2021 contamos com grandes surpresas por parte desta marca, agora mais livre para operar em diversos segmentos e com menos concorrência da Huawei.
Antes de tudo isso teremos ainda a hipótese de conhecer a gama Mi 11 na Europa.
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