A Rússia tornou-se num dos maiores mercados para fabricantes chinesas como a Xiaomi, BBK, Haier, Fusion e Harper. Tal como no segmento dos smartphones Android e demais dispositivos móveis, também no mercado das Smart TV se verifica uma predominância e forte crescimento das fabricantes sediadas na China.
Segundo os dados da publicação russa Izvestia, as fabricantes chinesas mais que duplicaram as respetivas quotas de mercado na Rússia. Ou seja, desde o início do conflito armado com a Ucrânia.
Mais concretamente, no passado mês de maio uma das principais lojas online do país, a cadeia Ozon registou um aumento de 96% nas vendas de televisores de fabricantes oriundos da China face a abril. A tendência, contudo, já se vinha a fazer sentir.
Xiaomi tem na Rússia um dos maiores mercados de Smart TVs
Segundo a publicação supracitada a procura por televisores fabricados por marcas chinesas tem aumentado desde janeiro de 2022. Ou seja, mesmo antes do início do conflito com a Ucrânia, o apelo das Smart TV da Xiaomi e demais fabricantes asiáticas tinha aumentado na Rússia.
Porém, com o êxodo de marcas como a LG, Sony e Samsung, o mercado ficou entregue às marcas chinesas. Em particular, até então o mercado russo era dominado pela LG e pela Samsung, fabricantes sul-coreanas que ocupavam o primeiro e segundo lugar no mercado, respetivamente.
Porém com a suspensão das vendas na Rússia, abriu-se uma grande janela de oportunidade para marcas rivais como as referidas Xiaomi, BBK, Haier, Fusion e Harper. Agora, o mercado de televisores pertence-lhes, ainda que continuem a estar disponíveis nas lojas vários televisores da LG, Samsung e Sony.
Xiaomi, BBK, Haier, Fusion e Harper registam crescimento abrupto na Rússia
Todavia, perante o clima de incerteza que ronda as marcas habituais. Ou seja, com o temor da suspensão da assistência pós-venda e assistência ao consumidor, reparação e garantia, a preferência dos consumidores cambiou rapidamente para as marcas oriundas da China.
Em particular temos o exemplo da Haier, fabricante chinesa que aumentou em dez vezes a sua quota de mercado. Aliás, segundo a fonte referida supra, esta é uma das marcas líder no mercado em questão. Todavia, entre as fabricantes chinesas é a Xiaomi quem continua a liderar, tanto nos smartphones como nas Smart TV.
Em suma, o conflito com a Ucrânia provocou uma fuga das marcas "típicas". Assim, perante o vazio deixado, as concorrentes chinesas souberam identificar uma nova oportunidade para reforçar as respetivas quotas de mercado.
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