
Num trimestre em que o mercado global de smartwatches recuou 2%, a Xiaomi surpreendeu com um crescimento de 53% nas suas remessas, o maior entre todas as marcas.
Os números dizem respeito ao primeiro trimestre de 2025 e mostram não só a força da marca chinesa, mas também o início de uma mudança clara no equilíbrio de poder do sector: a Apple atravessa o 6.º trimestre consecutivo de quedas, enquanto a Xiaomi e outras fabricantes chinesas consolidam posições e abrem caminho para liderar o segmento.
Mercado chinês acelera e puxa as marcas nacionais para cima
A China voltou a ser o epicentro do crescimento no sector dos smartwatches. O país registou um aumento anual de 37% nas vendas, graças ao desempenho de marcas como a Xiaomi, Huawei e Imoo.
Estas fabricantes não só dominaram o mercado interno, como também fortaleceram a sua presença internacional, com estratégias de expansão agressiva e preços ajustados para vários segmentos.
A Xiaomi, a par da Huawei, foi responsável por grande parte desse crescimento, ao conseguir posicionar-se tanto no segmento médio como no premium. A combinação de funcionalidades avançadas com preços competitivos está a atrair cada vez mais consumidores — uma fórmula que parece estar a funcionar em várias geografias.
Apple continua na frente, mas já olha pelo retrovisor
Apesar da queda de 9% nas suas remessas, a Apple continua a liderar o mercado global de smartwatches. No entanto, o domínio da marca começa a ser posto em causa à medida que a concorrência chinesa ganha fôlego. A Huawei já detém 16% da quota global, enquanto a Xiaomi garante 10%, com tendência de subida.
A Samsung, por sua vez, teve um trimestre difícil: caiu 18% em relação ao mesmo período do ano anterior e perdeu terreno em praticamente todos os mercados onde opera. Este cenário evidencia uma mudança de ciclo, com as marcas chinesas a redefinir o mapa da concorrência global.
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