Os smartphones equipados com processadores da norte-americana Qualcomm estão, por via da regra, entre os primeiros a serem atualizados, face aos dispositivos com chips da MediaTek. A explicação é agora avançada por um dos executivos da Xiaomi.
Sintetizando, tal factualidade tem que ver com a abordagem às atualizações de software, bem como ao trabalho necessário e infraestrutura existente. Estas são algumas das razões que continuam a dividir ambas as fabricantes de processadores no que ao quesito das atualizações de software e sistema operativo concerne.
A Qualcomm e a MediaTek têm filosofias distintas relativamente às atualizações
Ao passo que a Qualcomm encara o processo de atualização de software como um trabalho "paralelo", a MediaTek debruça-se sobre a questão por "lotes ou fases". Esta factualidade, à qual se soma o diferencial de mão-de-obra, comporta resultados diferentes.
Assim, apesar de a Qualcomm ter acabado o ano de 2020 atrás da MediaTek no que ao volume de chips vendidos diz respeito, a norte-americana continua a liderar na velocidade de disponibilização de atualizações. Algo que continua a comprometer a Mediatek.
As informações foram agora publicadas pelo executivo Li Ming da Xiaomi através do seu perfil na rede social chinesa Weibo. Aí, o responsável da Xiaomi compararia as abordagens de ambas as fabricantes relativamente às atualizações de software.
Executivo da Xiaomi compara o método de atualizações da Qualcomm e MediaTek
Ming explica que ambas as empresas recebem o mesmo código-fonte da Google. No entanto, as filosofias de trabalho de ambas as empresas são extremamente distintas, com a Qualcomm a trabalhar paralelamente nas atualizações, ao passo que a MediaTek lhes dedica atenção por fases ou lotes.
Isto traduz-se em resultados marcadamente distintos, com a Qualcomm a ser mais veloz na disponibilização das atualizações de software para os seus componentes. Trabalho este necessário que as fabricantes possam, em seguida, desenvolver também as respetivas atualizações das interfaces.
Há cada vez mais smartphones Xiaomi com chips MediaTek
Note-se também que a Qualcomm possui uma massa laboral substancialmente maior, fator que permite à empresa norte-americana dedicar mais atenção a este quesito.
Não obstante, vemos cada vez mais smartphones Xiaomi e de outras fabricantes e optar por processadores MediaTek. São soluções mais competitivas que permitem manter os produtos mais baratos e cada vez mais poderosos.
Resta, por fim, saber se este crescimento sentido pela MediaTek também reverterá num maior investimento e atenção dada às atualizações de software necessárias.
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