O mais recente relatório da agência Canalys veio colocar a Xiaomi em segundo lugar no mercado global de smartphones durante o segundo trimestre de 2021. A tecnológica chinesa viria a superar a Apple em volume de vendas e já tem um novo objetivo traçado.
Com efeito, ao ter alcançado os 17% de quota de mercado a "Apple chinesa" como já fora apelidada, viria a ultrapassar a Apple propriamente dita. Ao mesmo tempo, registaria um crescimento de 83% face ao primeiro trimestre de 2021.
A Xiaomi está imparável em 2021
Pouco após as boas notícias serem anunciadas pela agência Canalys, Lei Jun, CEO e responsável máximo pela Xiaomi concedeu uma entrevista aos ‘media’ locais, na China.
Aproveitando a ocasião, Lei Jun definiu já o próximo objetivo da sua empresa, conquistar o maior mercado mundial de smartphone, a China. Para tal, o executivo partilhou algumas das linhas de ação e considerações essenciais para alcançar este anseio.
De acordo com Jun, apenas 30% do universo global de consumidores prefere comprar um novo smartphone através de uma loja online. Os 70%, como frisou o executivo, continuam a preferir comprar um novo telefone através de uma loja convencional, física.
Lei Jun quer ver a sua Xiaomi a dominar o maior mercado mundial, a China
Esta constatação foi seguida por um reiterar da aposta em lojas físicas oficiais. A propósito, já desde 2016 que a tecnológica tem pontos de venda físicos, estando também presente online para cobrir ambas as frentes e acatar as tendências dos consumidores.
Ainda de acordo com o CEO, a Xiaomi inaugura cerca de 1000 lojas físicas oficiais - Mi Store - a cada mês. Mais ainda, o executivo apontou que até ao final do mês de junho a sua empresa já contava com pelo menos 8000 lojas físicas em operação.
Importa, contudo, referir que estas métricas se aferem ao mercado natal, a China, e não ao mercado global. É precisamente este um dos pilares da sua atual estratégia neste país, a grande variedade de lojas físicas, a par da presença online.
A Xiaomi ocupa o 2.º lugar no mercado global tendo ultrapassado a Apple
"Acredito que no momento em que o nosso plano de expansão com lojas físicas estiver terminado teremos uma boa hipótese de alcançar o primeiro lugar". Entretanto, a Xiaomi continuará a abrir mais pontos de venda físicas espalhados pelo seu país natal.
O próximo grande objetivo está assim traçado - alcançar o 1.º lugar na China. Além disso, Lei Jun referiu também outro pilar da sua estratégia de crescimento rápido na China, o ecossistema de produtos e a sua presença nos lares dos consumidores.
Paira assim uma aura de otimismo na sede da Xiaomi com ótimos indicadores a sustentar as esperanças de Lei Jun. O executivo acredita que muito em breve os resultados desta forte aposta e grande investimento serão ainda mais notórios.
A Xiaomi terá que reforçar a sua presença na China e ultrapassar a OPPO e Vivo
Por outro lado, de acordo com alguns relatórios de agências de análise, o maior crescimento da Xiaomi deve-se a mercados e emergentes, não à China. Em causa estão regiões como a América Latina, Médio Oriente e África, três mercados que muito têm auxiliado a Xiaomi a aumentar a sua quota de mercado global nos últimos meses.
A isto soma-se a recuperação económica que se faz sentir nos principais mercados mundiais com o gradual alívio da pandemia da COVID-19. Por outro lado, a fabricante enfrenta também os desafios impostos pela atual escassez de componentes.
Em síntese, após ultrapassar a Apple a Xiaomi quer agora dominar o seu mercado natal da China. Para tal, terá que ultrapassar rivais como a OPPO e a Vivo, atuais líderes.
O enquadramento económico é, por fim, bastante favorável à Xiaomi. A tecnológica têm-se firmado também na Europa e nos demais mercados tem ainda muita margem de crescimento.
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