O carregamento rápido é um dos vetores de aposta, desenvolvimento e investimento mais notório junto das fabricantes chinesas de smartphones Android. É, com efeito, um dos principais pontos de venda dos smartphones em 2021, algo que não passa despercebido à Xiaomi, a segunda maior fabricante mundial de dispositivos móveis.
Em boa verdade, a Xiaomi é pioneira nos padrões de carga rápida. Isto apesar de no seu mercado natal, a China estar limitada a uma potência máxima de 50 W devido aos regulamentos locais. Não obstante, esta fabricante tem já um padrão de carga a 200 W, experimental, bem como um padrão a 120 W pronto para aplicação ao grande mercado de consumo.
23 minutos para carregar a bateria (0-100%) com a carga a 120 W
Agora, no preâmbulo do lançamento dos novos smartphones Xiaomi Mi 11T, a chegar ao mercado com carregamento rápido a 120 W, a fabricante quer esclarecer esta temática.
Note-se que a Xiaomi não revelou o tempo de carregamento dos Mi 11T, todavia, o smartphone Xiaomi Mi 10 Ultra lançado no ano passado chegou ao mercado com carga a 120 W, demorando 23 minutos a carregar.
Posto isto, podemos tomar este valor como ponto de referência para um smartphone cuja bateria tenha 4 500 mAh de capacidade, como é o caso do Mi 10 Ultra. No entanto, vários utilizadores expressavam a sua preocupação com o impacto que este padrão pudesse ter na durabilidade e saúde da bateria.
Foi a pensar nisso, querendo esclarecer o assunto, que o diretor-geral de comunicações da Xiaomi, Daniel Desjarlais, veio a público fazer algumas alegações ousadas relativamente à carga rápida a 120 W.
O executivo, em síntese, afirmou que não há degradação da bateria resultante deste padrão de carregamento rápido.
Xiaomi afirma não haver impacto negativo na bateria com a carga a 120 W
Daniel Desjarlais, em declarações à publicação The Verge, comentou este novo padrão de carregamento a chegar à Europa e demais mercados globais. Pronunciou-se também sobre os esforços da sua empresa na prossecução de uma maior velocidade de carga.
Mais ainda, o executivo afirmou que os consumidores, fora da China, podem contar com este padrão de carga no próximo smartphone Xiaomi Mi 11T Pro. Desse modo, confirmou também a existência de, pelo menos, dois modelos para os Mi 11T.
Mas, ao certo como é que funciona este tipo de carregamento? O executivo foi sucinto. "É o mesmo que encher dois depósitos de gasolina do carro em simultâneo". Portanto, para agilizar a carga, a fabricante dividiu a bateria em "dois depósitos", por exemplo.
Segmentar a bateria para agilizar a carga nos smartphones Xiaomi
Ao "atestar" as duas células energéticas em simultâneo a fabricante conseguiu diminuir os tempos de carga. Isto em vez de "atestar" uma só célula de maiores dimensões que, naturalmente, demoraria mais tempo. Além disso, também criaria mais desperdício energético gerado sob a forma de calor.
Esta tecnologia de carregamento, notou o executivo, é agilizada pelo software do smartphone. Com o carregador / adaptador USB a entregar uma potência de 120 W e, em vez de tentar injetar a voltagem máxima de 5V num só canal, esta tensão é dividida em dois, três, até quatro canais. Desse modo, toda a carga é feita a 20 amperes.
A geração Mi 11T terá carga rápida a 120 W
Assim, mesmo carregando rapidamente a bateria, não será gerado tanto calor. De igual modo, a bateria não deverá sofrer uma degradação da sua saúde e diminuição da vida útil. Na prática, acredita o executivo da Xiaomi, estas baterias terão o mesmo tempo de vida útil que as demais com carga lenta.
"Isto é algo que testamos muito, muito bem", afirmou Daniel Desjarlais. "Após 800 ciclos de carregamento a saúde da bateria estará nos 80%. Ora, ainda que possa parecer muito, esta degradação de 20% vai de encontro à média na indústria mobile. São resultados sólidos para este padrão de carga rápida".
Por fim, a Xiaomi apresentará a nova gama Mi 11T no próximo dia 15 de setembro. Entre as novidades teremos o padrão de carregamento rápido a 120 W nestes smartphones.
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