O primeiro trimestre do ano foi, a nível de vendas de smartphones, efetivamente interessante. Afinal, no continente europeu, a Xiaomi acabou por ganhar quota de mercado e, por outro lado, a Apple e a Samsung perderam.
E, de facto, será a Xiaomi a grande estrela deste artigo de opinião. A empresa cresceu, no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período do ano passado, mais de 999% no velho continente.
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Ora, acima de tudo, estes dados são surpreendentes. Em boa verdade, tal só é possível porque a Xiaomi - ao contrário da Apple ou da Samsung, por exemplo -, entrou no mercado há pouco tempo. Isto claro, pelo menos no europeu.
Consequentemente, a origem dos números é claramente notória. Isto é, a empresa tinha, no ano transato, uma expressão tão pequena a nível de venda de equipamentos que, ao mínimo crescimento, a taxa de crescimento dispararia.
Xiaomi, Apple e Samsung são algumas das empresas que estarão no mercado daqui a cinco anos...
No entanto, há que ter em consideração um aspeto. A Xiaomi vendeu, no primeiro trimestre de 2018, cerca de 1/3 de unidades que a Huawei conseguiu vender, bem como 1/4 daquilo que foram os iPhones vendidos pela Apple. Porém, a empresa chinesa vinha de uma situação totalmente diferente.
A Xiaomi entrou (e está a entrar) vagarosamente no mercado europeu apenas no final do último ano. Sendo assim, os primeiro três meses do ano atual podem ver-se como um autêntico sucesso, já que foi a quarta empresa que mais vendeu.
Portanto, a Samsung e a Apple viram a taxa de crescimento das suas vendas cair por causa da Xiaomi? Não. Provavelmente não. No entanto, a Xiaomi conseguiu crescer, muito devido a empresas cuja presença é agora inexistente.
Tudo isso, claro, devido à política de preços aplicada pela marca. A Xiaomi procura ser, de todas, aquelas que oferece ao cliente a melhor oferta, ao melhor preço. A comunidade de fãs é gigantesca e será também essa a razão pela qual o seu sucesso é tão profundo.
Aliás, os números falam por si. A empresa chinesa mal chegou à Europa e já ultrapassou a Nokia, ameaçando a Huawei e, quem sabe, no futuro, a própria Samsung. É, sem dúvida, um caso de sucesso.
A pergunta que pode ser colocada é: conseguirá aplicar tal estratégia no longo prazo?