Trata-se de um processo comum a várias empresas tecnológicas. De forma a treinar os seus algoritmos, o Facebook usa machine learning e inteligência artificial, para que o conteúdo certo seja mostrado a determinado utilizador.
Segundo avança a agência noticiosa Reuters, a “anotação de dados” está a ser feita por empregados como os da Wipro Ltd. Estes veem as tuas publicações privadas no Facebook ou Instagram, de forma a categorizar-te perante a inteligência artificial.
Estamos a falar de 260 funcionários contratados em Hyderabad, na Índia. Estes têm visto ao longo do último ano, fotografias, estados e outros conteúdos publicados desde 2014 pelos milhões de utilizadores.
O Facebook usa cinco dimensões para te categorizar
A forma como os funcionários nos categorizam é aquilo a que o Facebook chama de cinco “dimensões”. Dessas, há o sujeito da publicação (o que é: comida ou um animal, por exemplo). Depois, qual é a ocasião – esta pode algo do quotidiano ou um grande evento.
Além disso, é também analisada a intenção da própria publicação. Quereria o seu autor planear um evento? Ou queria apenas inspirar alguém, ou até fazer uma piada? Obviamente, tal ajuda o Facebook a compreender-te melhor, e a mostrar-te sempre o melhor anúncio.
O Facebook confirmou à Reuters que a Wipro está a ver publicações privadas. Ou seja, algo que partilhaste apenas com alguns amigos, e estes dados contêm muitas vezes nomes e informação mais sensível. Segundo o Facebook, a medida é legal, mas a União Europeia pode vir a não concordar.
A Wipro é um projeto do Facebook lançado em abril do ano passado. A empresa indiana recebeu 4 milhões e formou uma equipa de 260 funcionários. A função destes durante o primeiro ano foi analisar publicações feitas desde 2014. Cada funcionário analisa, em média, 700 dados por dia.
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