Blvck network, a empresa do youtuber Windoh não está autorizada em Portugal. O alerta é dado pela Comissão de Valores Mobiliários (CMVM), como noticia o Jornal de Notícias esta sexta-feira (12). É o mais recente capítulo do escândalo das criptomoedas.
Diogo Freitas, o youtuber responsável pelo canal de YouTube Windoh e mais conhecido por este nome, vê agora a sua empresa alvo das atenções do regulador de mercado. De acordo com a fonte, a empresa não está registada nem autorizada a desenvolver quaisquer atividades de intermediação financeira em Portugal.
CMVM alerta para a situação da Blvck network em Portugal
"A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) alerta para o facto de que a entidade Blvck network, detentora do website https://blvcknetwork.com/ e instagram https://www.instagram.com/blvck_network/ não estar autorizada nem registada junto da CMVM para o exercício de qualquer atividade de intermediação financeira em Portugal, conforme o disposto nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 295.º do Código dos Valores Mobiliários", avança o regulador em comunicado à imprensa.
O regulador de mercado alerta que a empresa do youtuber Windoh não está legalmente habilitada a realizar publicidade, nem prospeção de clientes com o intuito de celebrar contratos de intermediação financeira.
Mais ainda, a CMVM aconselha potenciais investidores a recorrerem às empresas devidamente habilitadas para esta atividade. A lista pode ser consultada no seu website. De igual modo, podem consultar a lista de analistas financeiros independentes, igualmente disponível no website da CMVM,
O youtuber Windoh é sócio da empresa Blvck network
"Todas as pessoas e entidades que tiverem estabelecido qualquer relação comercial com a entidade acima identificada poderão contactar a CMVM através dos contactos gerais, por contacto telefónico 213177000 ou por e-mail para cmvm@cmvm.pt ou, ainda, através do Apoio ao Investidor, por contacto telefónico 800 205 339 (linha verde), ou por e-mail para cmvm@cmvm.pt", aponta ainda o regulador de mercado.
A empresa da qual o youtuber é sócio foi criada há cerca de ano e meio. Desde então, tem-se dedicado ao mercado das criptomoedas e demais ativos financeiros, até à recente criação e divulgação de cursos na área.
O youtuber português divulgou profusamente o curso de criptomoedas que viria a ser alvo de acesso indevido por parte do hacker RedLive13.
O pirata informático divulgou o conteúdo do mesmo, além de lançar a Petição Pública com o mote "Investigação dos esquemas aliciantes por parte de influenciadores digitais".
Os esquemas de criptomoedas, apostas desportivas e mercados financeiros
O caso continuou a ser investigado por RedLive13 e outros youtubers nacionais. No final da última semana, também o Ministério Público abriu um inquérito na sequência da queixa relativa aos supostos esquemas, envolvendo criptomoedas, apostas desportivas e mercados financeiros.
Além de Windoh, também os youtubers David GYT e Numeiro está visado nas investigações, com este último a terminar o seu negócio das apostas desportivas.
A investigação corre agora o seu curso junto do Ministério Público.
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