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WhatsApp proibido nos dispositivos do Congresso dos EUA — Meta já respondeu

Medida afeta todas as versões do WhatsApp em dispositivos do Congresso norte-americano. Meta reagiu de imediato e defende a segurança da app.
WhatsApp proibido
Imagem: Shutterstock / JarTee

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (CAO) terá dado ordem para bloquear o WhatsApp de todos os dispositivos governamentais.

A medida, que terá sido comunicada internamente esta semana, enquadra-se numa série de restrições que têm visado aplicações consideradas arriscadas e a decisão já gerou polémica. A Meta, dona do WhatsApp, respondeu de imediato e com firmeza.

Câmara considera WhatsApp um “risco elevado” para a segurança

Conforme avançou a página Engaged, a decisão partiu do diretor administrativo da Câmara dos Representantes (CAO). Ele terá enviado um e-mail a informar todos os funcionários de que o WhatsApp — incluindo as versões móvel, de secretária e web — deixaria de ser permitido em dispositivos geridos pela Câmara.

A ordem aplica-se, portanto, a qualquer equipamento fornecido pelo governo aos seus trabalhadores. Segundo o e-mail obtido pelo Axios, “o Gabinete de Segurança Cibernética considerou o WhatsApp um risco elevado para os utilizadores devido à falta de transparência na forma como protege os dados dos utilizadores, à ausência de encriptação dos dados armazenados e aos potenciais riscos de segurança envolvidos com a sua utilização”.

Em alternativa, o CAO recomendou o uso de outras plataformas de comunicação como Microsoft Teams, Wickr, Signal, iMessage e FaceTime, que fazem parte da lista de aplicações aprovadas. A mensagem também alertou os funcionários do Congresso para estarem atentos a possíveis tentativas de phishing.

Meta responde: “Discordamos nos termos mais firmes possíveis”

We disagree with the House Chief Administrative Officer’s characterization in the strongest possible terms. We know members and their staffs regularly use WhatsApp and we look forward to ensuring members of the House can join their Senate counterparts in doing so officially. https://t.co/QsUPKaiAmU

— Andy Stone (@andymstone) 23 de junho de 2025

A resposta da Meta à decisão foi rápida e direta. Andy Stone, porta-voz da empresa, escreveu no X:

“Discordamos da caracterização do Diretor Administrativo da Câmara nos termos mais firmes possíveis. Sabemos que os deputados e as suas equipas usam o WhatsApp regularmente e estamos ansiosos por garantir que os deputados possam juntar-se aos seus colegas do Senado para o fazer oficialmente”.

Stone também destacou que as mensagens no WhatsApp são encriptadas de ponta a ponta por defeito, o que significa que “apenas os destinatários, e nem mesmo o WhatsApp, as podem ver”. E fez questão de sublinhar que esta forma de proteção “é um nível de segurança mais elevado do que a maioria das aplicações da lista aprovada pelo CAO, que não oferecem essa proteção”.

Proibição junta-se a outras medidas contra apps de risco

A decisão sobre o WhatsApp não é caso isolado. O CAO tem vindo a impor restrições a várias plataformas consideradas de risco elevado para a cibersegurança. Entre os alvos recentes estão o ChatGPT, o TikTok, o DeepSeek e até o Microsoft Copilot, todos já bloqueados em dispositivos do Congresso por preocupações semelhantes.

Vários departamentos federais e estados norte-americanos também têm seguido essa linha, principalmente no que toca a aplicações com funções de IA generativa ou com ligações pouco claras a países estrangeiros.

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Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Sabryna trabalha com comunicação há mais de dez anos e especializou-se a produzir conteúdos e tutoriais sobre aplicações e tecnologia. Consumidora de streamings e redes sociais, adora descobrir as novidades do mundo.