A Alphabet é uma das maiores empresas tecnológicas do mundo, detendo, por exemplo, a Google. Por sua vez, esta gigante detém o serviço e plataforma de navegação Google Maps, bem como a Waze, uma das aplicações grátis mais usadas para navegação.
O apelo da Waze reside sobretudo no espírito colaborativo entre os utilizadores da plataforma que podem contribuir de diversas formas, e com vários tipos de informações para ajudar os demais a chegar ao seu destino. Tudo graças também ao algoritmo da própria plataforma Waze.
A Waze é uma das melhores formas para chegar do ponto A ao ponto B
O segredo reside no algoritmo de navegação. É esta a chave que analisa padrões de navegação, trânsito e outros fatores com o objetivo de recomendar, sempre, o melhor trajeto possível para chegar ao destino pretendido. Infelizmente, este algoritmo não é infalível como testemunhariam mais de um milhão de utilizadores.
O caso insólito ocorreu em Israel, como indicam os media locais, onde mais de um milhão de utilizadores locais do Waze foram encaminhados para o centro de um engarrafamento. Tudo não terá passado de um sério erro no algoritmo de navegação, mas levou vários utilizadores a exasperarem-se com a Waze.
Com efeito, perante tamanha contestação o CEO da própria Waze, Guy Berkowitz, veio a público admitir o problema com o algoritmo de navegação. "Quantas mais pessoas ajudamos, mais pessoas podem ser afetadas. O coronavírus veio obrigar-nos a repensar todo o algoritmo de navegação".
Segundo a empresa, a mudança de hábitos de utilização obrigou a mudanças profundas nesta componente vital.
As mudanças nos padrões de navegação vieram confundir o algoritmo da Waze
Em várias das artérias de Israel durante o período de isolamento (lockdown) ficaram sem trânsito. Agora, à semelhança do resto do mundo, muitas das vias voltaram a ser bastante frequentadas. No entanto, o tipo de trajetos e padrão de navegação está muito diferente, situação para a qual o algoritmo não estava preparado.
Desse modo, sempre que um utilizador pedia o trajeto mais rápido entre A e B, o algoritmo da Waze usava os padrões anteriores à pandemia. Como resultado, acabou por gerar um grande constrangimento em vários dos principais eixos viários em diveros centos urbanos desta nação do Médio Oriente.
Segundo Berkowitz "a história da estrada, os padrões de navegação, já não refletem a realidade - sendo ela parte do nosso algoritmo que também ficou marcadamente desajustado". O CEO apontou que muitas destas vias eram preferidas pelo algoritmo, pois eram raramente usadas, ou a ocorrência de engarrafamentos era menor. Agora, a situação inverteu-se.
A Waze foi adquirida pela Google em 2013
Os problemas agora expostos começaram a sentir-se no início de outubro, agravando-se deste então. Segundo a empresa, o trânsito em Israel é agora 23% superior aos níveis pré-pandémicos, portanto, com mais utilizadores a circular. Assim, ao desajuste do algoritmo de navegação somou-se o acréscimo de condutores, resultando em pesadelos viários à base diária.
Recordamos, por fim, que a Google adquiriu a Waze em 2013 por cerca de 1,03 mil milhões de dólares. Entretanto, o Google Maps veio a receber gradualmente vários dos trunfos da Waze, ainda que esta última continue a manter o seu apelo e identidade.
Ademais, também a Waze continuou a melhorar e a receber novas funções, mas terá agora que trabalhar arduamente para que este imbróglio não se repita em mais países.
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