A Toys “R” Us pode estar a enfrentar desafios sobre a sua permanência na Europa, mas não desiste e agora pode estar a lançar uma nova tendência no mundo da publicidade.
A conhecida loja de brinquedos apresentou, esta semana no Festival Cannes Lions 2024, uma curta-metragem promocional feita quase na totalidade pela ferramenta IA Sora.
O vídeo está já disponível no site oficial da marca para ser visto por todos. Para conceber esta campanha, a Toys “R” Us juntou-se à agência criativa Native Foreign que, de acordo com a CNN norte-americana, “teve acesso antecipado à Sora” – ferramenta IA que converte texto em vídeo da OpenAI.
Neste anúncio de 66 segundos, seguimos o jovem fundador Charles Lazarus quando este teve a ideia de conceber uma loja de brinquedos. A acompanhar o jovem está Geoffrey, a mascote da marca que surgiu, pela primeira vez, nos sonhos de Charles Lazarus.
Para esta campanha, além da ferramenta IA Sora foram também utilizados efeitos visuais e uma banda sonora original. Estes dois últimos elementos não contaram com a participação de Inteligência Artificial generativa.
Como surgiu a ideia
Em declarações à CNN norte-americana, Kim Miller, CMO dos estúdios criativos da Toys “R” Us explicou como surgiu a ideia. A responsável revelou que depois de ouvir um grupo de contadores de histórias da loja de brinquedos, lembrou-se que o projeto seguinte podia envolver a história do fundador da conhecia marca.
Por sua vez, assim que a Native Foreign soube que seria uma das primeiras agências criativas a testar a ferramenta Sora, o Nik Kleverov, diretor criativo da agência, ligou a Kim Miller a propor trabalharem juntos.
“Tudo o que se vê foi criado com texto, mas alguns frames foram criados mais rapidamente enquanto outros necessitaram de mais interação”, explica Nik Kleverov.
Por sua vez, Kim Miller destaca o envolvimento humano em todo o processo e as muitas verificações, salientando que este foi “um processo educativo”.
Entretanto, nas redes sociais as reações foram muitas e dividem-se entre uma “visão fascinante do futuro” e “uma potencial perturbação do mercado de entretenimento digital”.