À medida que os jogos de corrida progrediram – tornando-se mais complexos, com uma seleção de veículos cada vez maior - o tempo de espera aumentou também. Agora olhamos com atenção para o novo V-Rally 4.
Pelo menos, em alguns jogos, a espera vale a pena. Não em muitos, como GT Sport. O ritmo de lançamento da série Forza e como habitualmente implementam novos carros, corridas e outros modos é o exemplo mais notável.
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V-Rally 4 não é um jogo assim. É, apesar do seu background, um jogo de rally inconsistente que não consegue atingir o patamar dos seus rivais. Todavia, será que agora temos uma boa surpresa?
Em primeiro lugar uma das desilusões passa pelo modo carreira. É monótono, repleto de progressões através de contratos bem como ofertas que não captam o “feel” de novas alturas como a iteração anterior.
Eis que temos o novo V-Rally 4!
Dito isto, resignei-me ao modo Quick Race. Aqui onde simplesmente escolhia carro. Os locais bem como as rotas onde queria correr. O jogo dá um bom passo na direção certa no que toca à diversidade. Nesse sentido tens locais como as colinas da Malásia, passando até pelo mítico Monument Valley.
Falando de qualidade gráfica, esta é apenas outra inconsistência que não tem o polimento de jogos como Dirt. Em V-Rally 4, se olhares com atenção, tem zonas com cenários com pouco luminosidade (falando em day light).
Já por outro lado temos efeitos ambientais por vezes carregados em demasia. Os circuitos são fictícios, o que significa que não há restrições na criação de circuitos. Todavia esta mais-valia não foi bem aproveitada (outra vez, comparativamente com Dirt 4…).
Até modos como rallycross e hillclimb não são tão exímios, devido à tal comparação com a série da Codemasters, fica a sensação de “catch-up” ao standard de jogos de rally.
Os pontos fortes de V-Rally 4
Não se assustem, existem corridas de tirar o fôlego. Quando conseguem replicar locais com sucesso, como o Quénia, aqui V-Rally 4 não se deixa rebaixar.
O “handling” dos carros recai mais para o estilo Arcade. Os carros não parecem ser tão pesados como nos jogos da Codemasters. Algo que significa que a utilização dos sticks analógicos poderá ser mais sensíveis para alguns. Isto para mim não é problema, V-Rally 3 era um “mish-mesh” nas curvas, portanto temos aqui uma evolução.
Corridas de Ponto A a Ponto B são a jóia da coroa, e é sem sombra de dúvida a melhor maneira de jogar. Não só os circuitos fictícios (às vezes) transmitem emoções em grande quantia, como não tens que lidar com uma AI agressiva, o que é crítico em modos como este.
Mas quando parece que V-Rally 4 começa a tornar-se numa experiência sem precedentes, eis que a porca torce o rabo outra vez; as indicações do teu copiloto não são feitas no local da curva mesmo, o que te pode fazer (e faz) induzir em erro.
V-Rally 4: Veredicto
Não é que o V-Rally 4 seja mau, mas a espera de 16 anos desde V-Rally 3 não cai bem, particularmente com o que é oferecido. O modo carreira é medíocre. Os modos hillclimb e rallycross ficam aquém do “standard” imposto por jogos de corrida mais polidos. Até a qualidade gráfica sofre da mesma praga.
V-Rally 4 não é o que os fãs esperavam (me included). Até a ‘sem precedentes’ carta da nostalgia podia ter entrado em jogo, algo que a Kylotonn não aproveitou. Mas, posto isto, a série V-Rally tem hipóteses de se vingar.
Com o que foi construído em V-Rally 4, mais tempo de desenvolvimento e feedback dos fãs pode ser o suficiente para o ressurgimento de uma série que a muitos deixou marca.
Atribuo a classificação final de 5 em 10 valores.
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