
A Uber lançou em Lisboa uma funcionalidade inédita em Portugal: o “Women Drivers”, um novo serviço que permite às motoristas escolher transportar exclusivamente passageiras mulheres, bem como às passageiras escolherem ser transportadas apenas por condutoras.
A iniciativa, que arranca já na próxima semana sem qualquer custo adicional, marca o arranque de uma fase piloto que poderá ser alargada a outras cidades do país.
Uma funcionalidade feita a pensar nas mulheres
Disponível diretamente na aplicação da Uber, o “Women Drivers” é totalmente opcional e flexível. As condutoras podem ativá-lo quando quiserem e, se preferirem, desativá-lo sem restrições, voltando ao modo de serviço tradicional. O mesmo vale para as passageiras.
Para a Uber, trata-se de uma resposta concreta a um desejo manifestado por várias utilizadoras e motoristas da plataforma.
Durante a conferência de imprensa de apresentação do “Women Drivers”, Francisco Vilaça, diretor-geral da Uber em Portugal, destacou também a expectativa de que o novo serviço atraia mais mulheres para trabalhar na Uber, oferecendo uma alternativa mais confortável e adaptada às suas preferências pessoais.
Atualmente, apenas 9% dos motoristas de TVDE em Portugal são mulheres, um número que a Uber considera “sintoma de um desafio estrutural do sector da mobilidade”.
Mas o “Women Drivers” não “exclui” como a Pinker? IMT já afirmou que não
Em 2024, a plataforma Pinker, que pretendia lançar um serviço TVDE exclusivo para mulheres, foi impedida de operar pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) por alegada violação da lei antidiscriminação. Agora, o IMT já se manifestou e afirmou que o “Women Drivers” não entra em conflito com a legislação vigente.
Segundo o IMT, a Uber não exclui nenhum utilizador, mas sim oferece serviços segmentados. A distinção entre os dois casos está no facto de que, no caso da Uber, se trata de uma opção adicional numa plataforma aberta a todos.
“Homens, mulheres e todo e qualquer género podem viajar ou prestar serviço na Uber, sem qualquer discriminação, tendo aqui mais uma opção de escolha. Da mesma forma que há a escolha de viajar num veículo elétrico, a opção de escolha de viajar num veículo de uma gama mais alta, em Black ou com 6 lugares. Ou uma opção de ser transportado enquanto adolescente especificamente ou enquanto sénior. Vemos isto como mais uma opção de escolha e não como uma limitação”, destacou Vilaça durante a apresentação do serviço.
Lisboa como cidade piloto, mas o plano é expandir
Durante a fase piloto, a funcionalidade estará disponível todos os dias da semana, embora a sua disponibilidade possa variar consoante o número de motoristas aderentes. O lançamento em Portugal segue a implementação da mesma funcionalidade noutros mercados, como França, Alemanha, Polónia, África do Sul, Argentina e Austrália.
A Uber antecipa que o projeto-piloto em Lisboa possa crescer ao longo dos próximos seis meses, com margem para alargamento a outras cidades, consoante a procura e o número de motoristas interessadas.
O “Women Drivers” junta-se a outros serviços segmentados já oferecidos pela Uber, como o “Uber Sénior”, destinado a passageiros da terceira idade; e o “Uber for teens”, que foca na segurança de passageiros menores de idade com recursos de controlo parental.
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