Recentemente, o Facebook informou que vai começar o planeamento e agendamento de anúncios políticos para 2020 antes do ano começar. Em resposta a isso, o CEO do Twitter Jack Dorsey, informou que a plataforma vai parar de suportar anúncios políticos a partir de novembro.
Segundo Jack Dorsey, o alcance das mensagens políticas deve ser ganho e não pago. Assim sendo, a posição do CEO é clara: o Facebook está a alugar espaço publicitário para que partidos políticos possam utilizar a rede social como uma "arma" de influência.
O Twitter não é livre de culpa, obviamente. A rede social está também a aproveitar esta potencial controvérsia do Facebook para superioridade moral. Além disso, o Twitter é uma plataforma de gestão política bastante poderosa, basta olharmos para a conta de Donald Trump.
Contudo, a afirmação de Jack Dorsey, está correta. Utilizadores do Twitter ou Facebook não deveriam ter de "aturar" anúncios políticos, além dos normais. No entanto é impossível ignorar a influência que as redes sociais tem na sociedade e os partidos políticos querem uma "fatia dessa tarte".
O caso Cambridge Analytica continua a assombrar o Facebook
Relembrando os acontecimentos, foram cerca de 87 milhões de utilizadores do Facebook que viram os seus perfis utilizados sem permissão pelo investigador Aleksandr Kogan. A informação recolhida por Kogan foi supostamente vendida à empresa de análise de dados eleitorais Cambridge Analytica.
Com os dados recolhidos, a Cambridge supostamente auxiliou a campanha de Trump, tornando-o presidente dos Estados Unidos em 2016. Ao permitir isto, o Facebook violou termos de consentimento que já constavam das suas políticas desde 2011. A FTC (Comissão Federal de Comércio) multou a empresa em 5 mil milhões de dólares este ano, pelo sucedido.
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