TSMC terá conseguido permissão para negociar com a Huawei, mas há um grande senão

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
Tempo de leitura: 1 min.

Desde 15 de setembro que a TSMC se vê proibida de trabalhar com a Huawei e, consequentemente, interrompendo o fornecimento de processadores à última. Este cenário só poderá ser resolvido com uma licença especial proveniente dos EUA.

De acordo com fontes chinesas, essa licença especial foi finalmente atribuída pelo Departamento do Comércio americano. Apesar de a TSMC já poder voltar a trabalhar com a Huawei, as limitações continuarão a ser nefastas para a tecnológica chinesa.

Fornecimento de processadores para smartphones parece estar fora do acordo

Segundo o que está a ser avançado, os EUA colocaram vários entraves naquilo que a TSMC poderá fornecer à Huawei. Uma das principais restrições está ao nível dos processadores Kirin, que dão poder aos smartphones desenvolvidos pela Huawei.

Adicionalmente, a TSMC continuará sem poder fornecer chips concebidos para redes 5G. A ideia basilar desta restrição é impedir o alavancar do domínio da Huawei na expansão das novas redes móveis fora do território chinês.

Dito isto, domina a dúvida relativamente ao que a TSMC poderá verdadeiramente fornecer à sua parceira de longa data. Fala-se em chips concebidos em nós de produção maduros da TSMC, mas sem nunca especificar o que estes englobam.

Futuro da Huawei permanece indefinido apesar desta notícia

Esta alegada licença especial ainda não foi confirmada, mas a julgar pelo que está a ser adiantado, não deverá resolver os principais problemas da Huawei. Aquilo que deveria ser um "balão de oxigénio" para a Huawei, pouco ou nada mudará.

Sem a possibilidade de obter processadores para os seus smartphones, o futuro da Huawei neste mercado continua incerto. São várias as empresas que já declararam interesse nesse negócio, mas até agora nenhuma conseguiu autorização para tal.

A Qualcomm é uma das entidades que espera por uma autorização americana para poder fornecer os seus chips à tecnológica chinesa. Caso isso aconteça, será o regresso dos processadores Snapdragon aos equipamentos da Huawei e os utilizadores agradecem.

Editores 4gnews recomendam:

  • Huawei perde o coração da Europa para a Nokia na corrida ao 5G
  • Huawei em conluio com o Partido Comunista da China, afirma relatório do Reino Unido
  • Huawei Mate X2 é finalmente revelado nas primeiras imagens reais
Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.