Telescópio James Webb capta a beleza de uma estrela recém-nascida

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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O conhecido Telescópio Espacial James Webb deslumbra-nos uma vez mais com imagens de uma estrela recém-nascida. Em causa estão as explosões luminosas que saem desta nova estrela e que formam uma imagem de tirar o fôlego.

A imagem partilhada pelos cientistas refere-se ao objeto Herbig-Haro HH 797 localizado perto do aglomerado estrelar IC 348. Este está localizado constelação Perseus a 315 parsecs do Sol.

estrela recém-nascida


ESA/Webb, NASA & CSA, T. Ray (Dublin Institute for Advanced Studies)

Impacto de gás e poeiras deram origem a estas imagens deslumbrantes

Os cientistas que operam o Telescópio James Webb explicam como se origina esta imagem fantástica. As explosões luminosas que observamos são o resultado do impacto de jatos de gás com poeira e gás a uma velocidade tremenda.

Esclarecem ainda que estes objetos podem ser enormes, com diâmetros que podem chegar aos vários anos-luz. Contudo, o seu grande brilho pode ser captado pelas câmaras de infravermelhos utilizadas no James Webb.

Cientistas explicam a imagem

A imagem divulgada foi captada através da câmara infravermelha próxima (NIRCam) presente no James Webb. Trata-se de um instrumento particularmente adequado para o estudo de jovens estrelas, como é o caso

"As imagens infravermelhas são uma forma poderosa de estudar estrelas recém-nascidas e os seus fluxos, porque as estrelas mais jovens estão invariavelmente ainda incorporadas no gás e na poeira a partir dos quais são formadas. A emissão infravermelha dos fluxos da estrela penetra no gás obscuro e na poeira, tornando os objetos Herbig-Haro ideais para observação com os instrumentos infravermelhos sensíveis do Webb."

"Moléculas exaltadas pelas condições turbulentas, incluindo hidrogénio molecular e monóxido de carbono, emitem luz infravermelha que o Webb pode recolher para visualizar a estrutura dos fluxos. A NIRCam é particularmente boa na observação de moléculas quentes (milhares de graus Celsius) excitadas como resultado de choques."

As observações dos cientistas revelam a existência de conjuntos dois fluxos, o que contraria as suas crenças iniciais. Na verdade, aquilo que vemos são provenientes de um par de estrelas presentes no centro da imagem.

No topo da imagem podemos ainda observar que mais estrelas estão prestes a nascer. Acredita-se que a mancha brilhante amarela e verde é hospedeira de duas jovens protoestrelas.

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Carlos Oliveira
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