
Stephen King voltou a fazer uso do Twitter para falar sobre séries. Neste caso, aquela que, na sua opinião, é uma das melhores da história da televisão: "The Wire". Felizmente, a produção está disponível no catálogo português da HBO Max.
O autor norte-americano, conhecido como o mestre do terror, não se alongou muito, mas as parcas palavras chegam para ilustrar o que pensa da produção da HBO, que terminou em 2008. "THE WIRE, pá. Nada melhor", escreveu sobre a obra clássica criada por David Simon, antigo jornalista policial. No IMDB é a sexta mais bem avaliada de sempre (quarta se não incluirmos documentários).
A série estreou em 2002 e revolucionou a forma como as histórias eram contadas na televisão. Cada temporada foca-se numa instituição diferente da cidade – desde o tráfico de droga ao sistema portuário, passando pela política, educação e media – mostrando sempre a ligação inevitável com a polícia e a vida das comunidades.
Com a colaboração de Ed Burns, ex-detetive de homicídios e professor, Simon trouxe para o ecrã uma autenticidade rara. O resultado foi um retrato cru e super-realista da sociedade americana, que rapidamente ultrapassou o rótulo de "drama policial" para se tornar numa análise profunda sobre pobreza, desigualdade, corrupção e poder.
O que diz a crítica?
Apesar das audiências modestas na altura da sua transmissão, The Wire ganhou ao longo dos anos o estatuto de obra-prima, estando frequentemente nas conceituadas listas das melhores séries de sempre.
No Rotten Tomatoes, as cinco temporadas somam uma avaliação média de 95% entre os críticos. A terceira e quarta temporadas conseguiram mesmo 100% dos entendidos, um feito impressionante.
"Simplificando, foi o melhor drama televisivo alguma vez feito, e se algum dia for ultrapassado, não será deste lado do Atlântico. A TV britânica não tem os recursos, os argumentistas ou os atores para tentar algo desta magnitude", escreve o Telegraph.
"Alguns dos temas de The Wire podem ser genéricos (polícias mal pagos, política de escrita), mas a série alcança imenso sucesso num aspeto vital para o drama: a sensação de que estamos num lugar real", acrescenta o The Wall Street Journal.