As atualizações de software (updates) são um quesito importante na escolha de um novo smartphone Android e / ou iOS. São um vetor de extrema importância ao comprar um novo produto ao garantir que a fabricante não o "abandona" após a aquisição.
Sucintamente, quanto mais anos de atualizações tiver um produto, maior será a sua vida útil. Por conseguinte, a sua longevidade dependerá direta e necessariamente deste suporte pós-venda, algo em que a Apple tem liderado face à concorrência Android.
A Apple atualiza os seus iPhone, em média, durante 5 anos
Atualmente não há fabricante que se compare à Apple. A tecnológica de Cupertino, em média, atualiza durante cinco anos os seus iPhone, ao passo que os dispositivos Android têm, em média, entre dois a três anos de atualizações de sistema e segurança.
Por conseguinte, a relevância dos produtos Apple é mantida durante mais tempo, ainda que o investimento inicial seja, por regra, mais elevado. Por outro lado, os smartphones Android tendem a ser mais baratos, mas também ficam esquecidos mais rapidamente.
Atualmente a maioria das fabricantes Android garante dois anos de atualizações de sistema, bem como três anos de atualizações de segurança. Isto aplica-se sobretudo aos modelos mais caros, ao passo que os modelos de entrada ainda apresentam lacunas neste quesito tão importante. É, no entanto, uma área em que as fabricantes Android têm melhorado gradualmente.
A OnePlus, Nokia, Google e Samsung estão entre as fabricantes mais assíduas
Há uma nota de louvor a ser dada à Samsung pela atenção e energia que tem dedicado a esta área. O mesmo também já foi dito da OnePlus, ainda que atualmente não esteja tão enérgica neste campo. Ainda assim, há muito trabalho a ser feito no "mundo" Android com a maioria das fabricantes a dedicar pouca atenção, por exemplo, aos modelos de entrada.
Este é o atual stutus quo na Europa e na maioria dos mercados globais. Todavia, na Alemanha as entidades governamentais não estão satisfeitas com este cenário e visam aumentar este período até 7 anos. Desse modo, aumentando grandemente o período de suporte prestado aos gadgets, tablets e smartphones Android e iOS após a sua compra.
O governo federal alemão dialoga atualmente com a Comissão Europeia no sentido de criar normativas europeias que possam precaver este cenário em toda a União.
Até 7 anos de atualizações de segurança e componentes de substituição na Europa
O esforço normativo obrigará as fabricantes de smartphones e tablets a fornecer um total de 7 anos de atualizações de segurança. A isto soma-se a obrigação de garantir peças e componentes de substituição durante a vida útil dos dispositivos móveis. Ademais, estes componentes de troca devem estar disponíveis com um preço baixo, ou pelo menos acessível ao consumidor.
A iniciativa alemã pretende atingir duas finalidades primordiais. Em primeiro lugar, aumentar a vida útil dos equipamentos, combatendo a sua obsolescência. De acordo com os responsáveis do governo federal alemão, esta iniciativa aumentará a duração dos ciclos de vida dos smartphones.
Em segundo lugar, pretendem assim aumentar a reparabilidade dos smartphones, consequentemente, diminuindo o lixo eletrónico produzido por esta indústria. Desse modo, contribuindo também para o fomento de uma economia mais verde e circular.
Iniciativa alemã chegou à Comissão Europeia
Os dispositivos móveis estariam assim protegidos e atualizados durante mais tempo, além de serem reparáveis durante um maior período temporal. Tal como refere a fonte alemã, de acordo com um estudo efetuado recentemente naquele país, 40% dos utilizadores ainda usavam um smartphone com a versão Android 9.0 Pie, da Google.
Ora, sendo esta versão uma iteração já antiga, com mais de dois anos, estaria já no seu fim de vida. Isto é, estando prestes a deixar de receber atualizações de segurança, mesmo sendo uma fatia muito expressiva dos utilizadores atuais de dispositivos Android.
Por fim, resta saber qual será a conclusão da Comissão Europeia desta proposta avançada pelo governo federal da Alemanha. Caso reconheça nela mérito e aplicabilidade, poderemos ver legislação comunitária a ser desenvolvida para prosseguir o mesmo fim.
Até lá, contudo, a Apple continuará a ser a fabricante que melhor acautela o quesito das atualizações, com os seus iPhone a terem, em média, meia década de atualizações gerais.
Deverá a União Europeia legislar neste sentido e aplicar normativas que façam cumprir este cenário na Europa?
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