
A Siri está prestes a tornar-se muito mais inteligente e útil no iPhone. Depois de uma promessa que parecia esquecida, a Apple prepara-se para lançar um sistema de comandos de voz capaz de controlar profundamente aplicações, realizar tarefas complexas e até interagir com serviços de terceiros.
Mas, ao que tudo indica, a empresa vai adotar uma abordagem cautelosa para evitar repetir erros do passado.
Lançamento adiado… mas finalmente a caminho
Para recordar, foi na WWDC 2024 que a Apple revelou uma “experiência Siri de última geração” baseada na tecnologia App Intents. O objetivo era dar à assistente digital consciência contextual e a capacidade de executar ações em várias apps sem que o utilizador tocasse no ecrã. Segundo o relatório da Bloomberg:
“Com apenas a tua voz, poderás dizer à Siri para encontrar uma fotografia específica, editá-la e enviá-la. Ou comentar numa publicação do Instagram. Ou navegar por uma aplicação de compras e adicionar algo ao teu carrinho. Ou iniciar sessão num serviço sem tocar no ecrã”.
Desde então, porém, já tivemos o lançamento do iPhone 15 e até do 16 e ainda não vimos esta tão poderosa Siri. Estes recursos chegaram a aparecer em anúncios do iPhone 16, mas ficaram na gaveta durante todo o ano de 2025. A boa notícia é que isso pode estar prestes a mudar.
A Bloomberg indica que o lançamento oficial acontecerá no início de 2026, marcando um novo capítulo para a assistente de voz da Apple.
Implementação faseada e integração limitada
De acordo com a nova informação, numa primeira fase, os novos controlos de voz da Siri estarão disponíveis apenas para aplicações nativas da Apple e um grupo restrito de parceiros, como Amazon, Uber, WhatsApp e YouTube. A Apple não vai permitir que todos os programadores integrem comandos de voz de imediato.
O motivo é simples: evitar problemas como o do sistema de sumarização de notificações do Apple Intelligence, que foi desligado depois de criar resumos errados e gerar críticas públicas, incluindo uma denúncia da BBC.
Além disso, a Siri terá interações limitadas ou mesmo bloqueadas em apps sensíveis, como carteiras digitais e serviços bancários.
Mais do que uma atualização: uma mudança estratégica
Esta atualização não é apenas um upgrade da Siri. A Apple quer transformar as interações por voz numa experiência mais natural e eficiente do que o toque no ecrã, aproximando-se de projetos como o Mariner da Google ou browsers com agentes inteligentes que simplificam tarefas.
Tim Cook já admitiu atrasos, mas garantiu que a Apple vai recuperar terreno. A próxima geração da Siri pode ser o primeiro passo para um salto competitivo contra rivais como o Gemini da Google e o ChatGPT da OpenAI.
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