Na passada quarta-feira, foi mais uma noite de ante-estreia nas salas de cinema portuguesas. Sicário- Guerra de Cartéis foi o filme que, durante duas horas, levou o espectador para um cenário de guerra entre cartéis e de tráfico humano.
A aproximação da história com a realidade actual existente entre o México e os EUA torna o filme mais poderoso. Esta criação de Stefano Sollima, conta-nos a história de Alejandro (Benicio Del Toro).
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Este é é convencido pelo seu antigo colega Matt Grover (Josh Brolin) a trabalharem mais uma vez juntos. Fazem-no para combater dois dos maiores cartéis de droga do México. Isto claro, com a intenção de gerar uma guerra entre esses grupos rivais e assim derrotá-los de uma vez por todas.
O rapto da filha, de um dos líderes desses cartéis, Isabel Reyes (papel fantasticamente interpretado pela jovem Isabel Moner), torna-se o móbil para que os dois colegas levem a sua missão avante. E, consequentemente, para que tentem vencer a luta contra esses grupos de tráfico de droga.
Sicário é um filme que vale a pena ver nas salas de cinema!
No meio da acção que atinge o público com dramas reais e tão próximos do contexto social actual vividos nos dois países, Alejandro interpreta o papel mais intenso e significativo do filme. Sem sombra de dúvida.
Embora assombrado pelo passado com a morte da filha (assassinada pelo pai de Isabel), ao invés da revolta e do sentimento de vingança, Alejandro transmite ao espectador sentimentos de compaixão e complacência. Torna-se quase impossível não admirar a sua conduta ao longo da trama.
A sua postura marcante, nem que seja através de um olhar intenso, prende qualquer um ao grande ecrã. Um dos exemplos e talvez também, um dos momentos altos de Sicário, é a cena mais silenciosa do filme.
Emocionante e sem cair no marasmo. Até aí já se desejava que a guerra contra o tráfico fosse vencedora. A partir desse momento, todos os corações amolecidos lutam lado a lado com Alejandro e Matt.
Há um aspeto a considerar neste título de cinema. É muito bom continuarmos a assistir a filmes que, apesar de um argumento sem grandes surpresas, nos conseguem transportar, sem grande esforço, para dentro do próprio filme, como se fizéssemos parte dele. Aguardemos pelo próximo a chegar ao cinema.
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