A Merriam-Webster, originalmente conhecida como G. & C. Merriam Company, de Springfield, Massachusetts, é uma editora dos Estados Unidos da América que publica livros de consulta, especialmente dicionários. A editora acabou de inventar uma nova palavra, pouco carinhosa, para descrever os fãs acérrimos da Apple.
As definições dos dicionários podem ser usadas como criticas políticas e sociais, por exemplo quando Merriam adicionou o termo "snollygoster" que significa uma pessoa perspicaz e sem princípios, um eufemismo de político. Mas nem todas as suas adições e comentários são direccionados inteiramente a lideres eleitos.
Afinal, o que é um "Sheeple" da Apple?
Foi a própria MW ( Merriam-Webster) que, através do Twitter, anunciou uma nova adição ao seu dicionário online. “Sheeple” que designa "pessoas que são dóceis, que acreditam no que é dito sem uma pesquisa prévia ou que são facilmente influenciáveis".
Merriam cita o jornalista da tecnologia da CNN, Doug Criss quando referiu que "A Apple apresentou uma nova capa com bateria para o iPhone — para permitir aumentar a autonomia da bateria e acrescentar alguma protecção. Um caso totalmente irregular, que tem mais design que funcionalidade e que o rebanhovai felizmente comprar por $99 dólares ou 99€. Algo que a editora Merriam refere como um excelente exemplo do uso moderno do termo "Sheeple" que remonta a 1945, muito provavelmente como um termo depreciativo para o povo que seguia simplesmente as tendências do consumo da época. Hoje em dia aplica-se para definir os seguidores da Apple "os Apple fanboys".
O jornalista da CNN, Doug Criss também critica os novos produtos que a Apple tem lançado. A nova capa com bateria para os iPhones, o rato Magic Mouse 2 que só pode ser carregado na parte inferior, que impossibilita que seja usado enquanto é carregado. Será mesmo preciso referir os novos MacBook Pro e a escassez de portas?
A Apple Pencil que é recarregada a partir da porta Lighting do iPad. Sem esquecer earphones sem-fio que entre nós custam 179€ e que podem sair/cair dos ouvidos. Ah, e claro, a remoção da porta jack de 3.5mm que desapareceu do iPhone 7 e iPhone 7 Plus. Estes são apenas alguns exemplos do atual curso de ação desta incontornável gigante tecnológica.
"A Apple costumava orgulhar-se em não comprometer a funcionalidade em detrimento do design"
Steve Jobs prestava grande atenção aos detalhes e até aos menores problemas que poderiam surgir eram atenuados para tentar alcançar a perfeição "A forma segue a função" mas estes recentes acessórios transmitem-nos uma energia como "não conseguimos encontrar uma melhor forma, então ficam assim". Os acessórios que foram apresentados em 2015 levariam o Steve Jobs à loucura.
A Apple aposta tudo no design e na qualidade de construção mas a funcionalidade parece que, cada vez mais frequentemente, fica em segundo lugar. Por outro lado as pessoas estão cada vez mais fixas no ecossistema Apple e no modo de vida que a marca incute e com boas razões para tal! Contudo, até quando durará este estado de graça?
Poderá a gigante de Cupertino continuar a sacrificar cada vez mais a funcionalidade? Produtos mais finos, mais esbeltos e, menos práticos? Resta saber até quando será sustentável...
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