O motivo da discórdia
Ainda que a apresentação oficial do seu primeiro smartphone tridobrável esteja a ocupar as principais manchetes do dia, a Samsung está também a ser notícia por outros motivos. As áreas Mobile Galaxy e de semicondutores da marca estão a ter dificuldades em chegar a um consenso por causa do fornecimento de chips DRAM.
Atualmente, a procura por este tipo de componente disparou exponencialmente, graças aos avanços da tecnologia IA. Os fabricantes de smartphones já alertaram que esta procura leva à escassez que por sua vez origina um aumento de preços deste componente e também do produto final (smartphone) vendido ao cliente.
De acordo com o site sul-coreano Seoul Economic Daily, a divisão Mobile da Samsung queria que a divisão de semicondutores da empresa assinasse um contrato de fornecimento de DRAM com duração superior a 12 meses.
Ora, a divisão de semicondutores não aceitou este contrato, já que pretende aproveitar esta procura elevada de chips DRAM, vendendo o componente a um preço mais elevado a outros fabricantes de tecnologia. E com isto estalou a discórdia e o mal-estar entre as duas áreas da Samsung.
Intervenção de “altas patentes” consegue acordo, mas os preços podem aumentar
Avança o mesmo site sul-coreano que foi necessária a intervenção de executivos de topo da empresa para que as duas áreas conseguissem chegar a um acordo. A divisão de semicondutores ganhou o direito de poder recusar assinar contratos para fornecimento de chips DRAM , durante um ano.
O que significa que a divisão Mobile Galaxy terá de fazer pedidos regulares para ter este componente disponível para o fabrico de smartphones Galaxy. Para já, está garantido o fornecimento do componente até ao fim deste ano.
As boas notícias é que a série Galaxy S26 está assegurada; pelo menos, a “primeira fornada” de equipamentos para o lançamento em janeiro. A má notícia é que esta situação pode reverter-se num aumento dos preços dos modelos desta série para o consumidor final.
Teremos de aguardar por mais informações, mas é quase certo que no próximo ano, os smartphones vão ficar mais caros; sobretudo os modelos de topo que usam componentes como os chips DRAM, também necessários para a tecnologia IA.


