Samsung Galaxy S8: Valioso, ou dispendioso?

Eduardo Silva
Eduardo Silva
Tempo de leitura: 4 min.

Samsung Galaxy S8 e S8+. O tema quente. Os mais aguardados. Talvez, se me permitem, o tema mais saturado das últimas semanas. Muitos têm sido os rumores, imensas Samsung Guard S8: o novo plano de garantia para o Galaxy S8

Como todos sabem, estes novos dispositivos serão apresentados ao mundo daqui a três dias, em Nova Iorque. Com toda a pompa e circunstância, numa das mais importantes cidades do mundo e com todos os olhos postos neste evento, a Samsung prepara ambos Galaxy S8 e Galaxy S8+ para a luta, tendo estes a importante missão de, por mais um ano, manter a empresa sul-coreana lado a lado com a Apple na luta pelo topo do mercado mobile.

Se, por um lado, tudo o que podemos esperar destes belos dispositivos nos confirmam que os mesmos cumprirão a tradição de assumir o trono dos dispositivos móveis, não vacilando no que toca a excelência, há que considerar qual o será o seu real impacto no mercado.

Todos sabemos que uma das principais formas de atrair compradores não passa só por trabalhar o produto para extrair desse o melhor que há. Um balanço será sempre feito entre o valor do dispositivo e o preço que lhe é exigido. E aqui começa um ponto que poderá não favorecer os novos Samsung Galaxy S8 e S8+.

Apesar de já habitualmente as recentes linhagens Galaxy S trazerem preços bem altos (ao nível da concorrência da Apple), os recentes rumores não abonam a favor daqueles que esperam sempre uma boa relação valor/preço. €830, custará, alegadamente, o Galaxy S8. Por outro lado, falando do maior Galaxy S8+, o preço eleva-se aos €930.

Passo a passo, valerá o Galaxy S8 o seu preço?

E afinal o que trarão de especial? Bem, a começar pela clara continuidade do belíssimo design e construção dos antecessores Galaxy S7 e S7 Edge (o que é um ponto a favor, na minha modesta opinião), os novos ecrãs de 5.8 polegadas (no Galaxy S8) e 6.2 polegadas (no Galaxy S8+) com um altíssimo rácio de ocupação da parte frontal do corpo do dispositivo, combinada com a resolução Quad HD e beneficiando ainda de estas telas serem Super AMOLED, temos, desde já, um bom começo.

Em segundo lugar, a exclusividade e o privilégio de estrear os (previsivelmente) novos dois melhores processadores para dispositivos móveis do mercado. Exynos 8895 e Snapdragon 835 (este ultimo, da Qualcomm) farão a sua estreia com os novos terminais Samsung e isto, de si só, torna-se uma grande vantagem em relação à concorrência.

Veja-se, a titulo de exemplo, a LG, que adoptou a mesma filosofia do grande ecrã na parte frontal com o LG G6, mas a sua antecipação no lançamento significou que o processador que o equipa é o Snapdragon 821, processador Qualcomm lançado em 2016, que, apesar de excelente, será sempre um processador do ano passado, quando colocado lado a lado com os processadores acima mencionados.

E se a supremacia no processamento não vê pelos nomes, é já sabido que o noutros benchmarks.

A câmara, alegadamente, será o mesmo sensor de 12MP já presente na geração anterior, que, apesar do seu excelente desempenho, poderá ser um ponto a menos para quem olhar para o dispositivo com um todo. E, considerando o seu preço, é mais do que justo exigir que o dispositivo traga o melhor, do melhor. Neste ponto, Huawei P10 e Google Pixel revelaram-se já melhores competidores, talvez mesmo sendo as melhores câmaras do mercado, pelo que talvez se exigisse mais da empresa sul-coreana.

Já no que toca a software, espera-se que a empresa revele o dispositivo a correr o Android 7.1.1 Nougat, e a novidade começa aqui. Em substituição do TouchWiz, veremos agora a interface Samsung Experience, que virá acompanhada da nova assistente virtual Bixby, desenvolvida pela Samsung. Aqui, apesar de se tratarem de novidades, há que reconhecer que assistentes virtuais como a Siri ou o Google Assistant já pelo mercado estão bem instaladas e a interface Samsung Experience vem apenas corrigir aquele que sempre foi o tendão de Aquilles dos dispositivos Samsung.

Assim sendo, resta-nos mencionar o sensor de íris, um sensor de impressões digitais agora alojado ao lado da câmara traseira, certificado IP68, 4GB de RAM, 64G/128GB de memória interna e bateria de 3000 mAh(3500 mAh no Galaxy S8+).

Descobre aqui: Asus Zenfone 3 – o que mudou com o Android 7.0 Nougat

E posto isto, vem a pergunta que deu inicio a todo este artigo: valem, realmente, os novos Galaxy S8 e Galaxy S8+, o seu preço? Bem, as respostas poderão divergir de pessoa para pessoa. Numa perspectiva de alguém que queira o melhor do mercado, estes terminais oferecem isso mesmo na maioria dos pontos essenciais, como a estética, o ecrã e a potência do seu processador.

Mas olhando à perspetiva de uma pessoa que queira o melhor valor pelo dinheiro que gasta, num mercado onde Xiaomi e OnePlus estão cada vez mais presentes, com dispositivos que oferecem desempenhos de topo por preços bem mais acessíveis, como poderá, essa mesma pessoa, sequer ponderar despender €830 (já para não falar dos €930 do S8+) que a Samsung exige. E aqui, neste ponto essencial, poderá perder a Samsung, ao não ser, através dos seus preços, atrativa a novos compradores com diferentes tipos de mentalidades.

Conseguirá o estatuto da Samsung convencer o mercado e os consumidores a adquirir os seus novos topos de gama? Diz-nos nos comentários a tua opinião acerca desta temática.

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