
A Samsung acaba de dar mais um passo para transformar os seus gadgets de saúde em ferramentas de assistência médica. A gigante sul-coreana anunciou a aquisição da Xealth, uma plataforma especializada em cuidados médicos digitais e que já trabalha com mais de 500 hospitais nos EUA.
O objetivo? Integrar os dados dos wearables da Samsung com os sistemas de saúde e criar uma ponte entre o bem-estar e a medicina tradicional.
Aposta na saúde digital
Segundo a Samsung, a compra da Xealth é parte de uma estratégia mais ampla para se transformar numa “plataforma de cuidados conectados” que combine bem-estar e cuidados médicos numa abordagem “integrada e holística” focada na prevenção.
A empresa quer utilizar esta sinergia entre os seus dispositivos — como smartwatches e o novo Galaxy Ring — e a plataforma da Xealth para que os dados recolhidos em casa possam ser usados por médicos em tempo real.
Ou, nas palavras da própria Samsung: a integração pode “criar um elo entre a monitorização domiciliária da saúde e a tomada de decisões clínicas, com a relação médico-paciente no centro desse esforço”.
Tecnologia médica à escala hospitalar
A Xealth nasceu no sistema de saúde Providence, nos EUA, e permite que médicos monitorizem pacientes, agendem atendimentos e emitam prescrições personalizadas, tudo à distância e em larga escala.
Atualmente, a plataforma é utilizada por mais de 500 hospitais e 70 parceiros na área da saúde digital. E todos eles passarão a ter acesso às capacidades tecnológicas da Samsung.
Ainda não se sabe o valor da aquisição, mas a empresa espera concluir o negócio até ao final de 2025, dependendo das aprovações regulatórias. E tudo indica que esta compra não foi feita à pressa. A aquisição pode já estar a ser preparada há algum tempo, mas surge num momento particularmente simbólico.
Lucros em queda e olhos no futuro
O anúncio da compra coincidiu com outro comunicado menos animador: uma previsão de queda de 56% no lucro operacional da Samsung no segundo trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. O motivo? As fracas vendas dos seus chips de inteligência artificial.
A entrada mais profunda no setor da saúde pode, por isso, ser uma forma de diversificar o negócio e encontrar novas fontes de receita.
Além disso, o momento não passa despercebido: a aquisição foi revelada semanas depois de Robert F. Kennedy Jr., Secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, ter afirmado que quer que todas as pessoas nos Estados Unidos usem um dispositivo vestível nos próximos quatro anos, como reportou a MSNBC.
A proposta gerou críticas, mas pode abrir caminho para empresas como a Samsung explorarem novas oportunidades no campo da saúde conectada.
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