Se há uns anos me dissessem que uma pequena pulseira de apenas 30 euros me iria monitorizar atividades físicas, o sono, o ritmo cardíaco, e ainda dar informações de mensagens, chamadas e da meteorologia, eu diria que pagava para ver.
É nesse sentido que tenho acompanhado a evolução da linha de pulseiras inteligentes da Xiaomi, e pago para ver ao longo dos anos. A Mi Band 4 não podia ser exceção, e é nesse sentido que é seguro afirmar que por este valor é praticamente impossível encontrar melhor no mercado.
Os pontos forte da Mi Band 4:
- Luminosidade do ecrã a cores;
- Autonomia de bateria;
- Watchfaces para todos os gostos;
- Controlo de música na pulseira.
Os pontos fracos da Mi Band 4:
- Medição do sono é pouco precisa;
- Impossível usar os controlos de música em simultâneo com atividade desportiva;
- É necessário retirar a bracelete para o carregamento;
- Falta a funcionalidade de ecrã sempre ligado (always on).
Vamos a factos: tive uma Mi Band 2 (a primeira com ecrã) e uma Mi Band 3. Se na Mi Band 2 era penoso tentar ver qualquer informação na pulseira com sol a bater de frente, na Mi Band 3 o cenário não era muito mais animador.
O grande salto deu-se nesta edição. Para o preço, o ecrã AMOLED de 0.95 polegadas tem uma ótima performance ao sol. Esta é uma pulseira para ser usada em qualquer circunstância, e é bom ver a informação claramente em qualquer tipo de condições de luz. A fotografia em baixo (tirada ao sol), espelha muito bem a sua qualidade face à sua antecessora.
E se julgas que um ecrã com este tipo de luminosidade e a cores se vai fazer sentir na autonomia, estás enganado. A Xiaomi aumentou um pouco a capacidade da bateria, e a verdade é que consigo mais ou menos a autonomia que conseguia na sua antecessora: entre 25 e 30 dias.
É bom ressalvar que a autonomia vai depender de uso de cada um. O meu cinge-se a ver as horas algumas vezes durante o dia, receber notificações de chamadas ou SMS, monitorização do sono e monitorização de atividades físicas (duas a três vezes por semana, entre uma a duas horas).
E se antes fazias um swipe para o lado para leres uma notificação, a experiência está melhorada. Agora lês a notificação, e fazes um scroll para baixo para a continuares a ler até final.
Uma das funcionalidades que atrai muitos utilizadores (a mim incluído) é a monitorização do sono. Com esta podes saber quanto tempo dormiste, a quantidade de sono leve e profundo, e ainda dados comparativos com o teu histórico e dicas de como melhorar os teus hábitos neste campo.
Monitorização de sono tem de melhorar
O problema é que esta monitorização é tudo menos precisa. Se em alguns dias esta acerta, outras vezes marca a hora de adormecer muito mais cedo do que ela realmente aconteceu, simplesmente porque estiveste muito tempo estático na cama. Na hora de acordar, se ficares algum tempo a “cochilar”, é provável que esses minutos também seja contados como sono, pois não detetou atividade suficiente.
Se mal acordas, vais dar uma corrida matinal ou um passeio de bicicleta, esta é a companheira ideal para levares contigo. No entanto, deves ter em atenção que a Mi Band 4 não tem GPS. Podes iniciar, monitorizar e terminar a atividade física diretamente na pulseira, mas convém levares o smartphone contigo para este acompanhar a tua localização.
Uma ótima novidade da Mi Band 4 é o facto de poderes controlar a música através da pulseira. É tão fácil como teres o player a funcionar no teu smartphone (Spotify, por exemplo), e no ecrã principal fazeres um swipe para a direita.
Não é possível controlar a música enquanto monitorizas uma atividade desportiva
Podes mudar de música e controlar o volume. Isto é algo que te vai dar bastante jeito na rua, quando pretendes mudar de música, mas não é uma boa altura para retirar o smartphone do bolso. A grande falha é que é impossível usar esta funcionalidade enquanto estás a praticar uma atividade física.
Mais que ter um ecrã a cores, a Mi Band 4 tem um ecrã totalmente personalizável. Se antes estavas limitado a pouca personalização, aqui não há limites. Além das watchfaces disponíveis na app da Mi Fit (que não são grande coisa), se tiveres uma pulseira destas, é obrigatório teres esta app de Watchfaces instalada para que possas andar cheio de estilo com um ecrã à lá Breaking Bad.
Numa próxima edição, há pequenos pontos a melhorar nesta pulseira. É essencial que a música possa ser comandada enquanto monitorizas a atividade física, visto que será das vezes em que lhe darás mais uso.
O sistema de carregamento mudou, e teoricamente daria para carregares a Mi Band 4 sem retirar a bracelete. Tal verifica-se impossível, a não ser que queiras forçar a bracelete, que com o tempo acabará por se estragar. O ideal será a Xiaomi apostar num carregador com magnetização como faz nos smartwatches. Embutir GPS na pulseira seria ótimo, mas isso iria fazer aumentar o seu preço.
Veredicto - a melhor solução pelo preço
No final das contas, a Mi Band 4 figura-se como a porta de entrada perfeita no mundo dos wearables, para alguém que não se vê a gastar valores mais elevados em smartwatches. Por cerca de 30 euros, recebes uma pulseira bastante competente para o seu preço. O ecrã é de qualidade, tens acesso a notificações, e trata-se de uma boa companheira na tua atividade física.
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