O Redmagic 10 Pro é a mais recente iteração da linha de smartphones da Nubia focada exclusivamente em trazer a melhor experiência de gaming mobile possível. Se procuras um telemóvel onde o desempenho bruto, a qualidade do ecrã e a capacidade de jogar durante horas a fio nas definições máximas são prioridade, este é, muito provavelmente, o equipamento que tens andado a procurar em 2025.
Testámos intensivamente o Redmagic 10 Pro nas últimas semanas, focando-nos naquilo que realmente interessa neste tipo de dispositivo: performance pura e dura em jogos. A versão que tivemos em mãos foi a de 16 GB de RAM e 512 GB de armazenamento, que custa 799 €. Contudo, o preço base do smartphone é de 649 €.
Unboxing
A experiência de unboxing do Redmagic 10 Pro já mostra ao que vem. A caixa tem um design agressivo e lá dentro encontramos, para além do smartphone,, um cabo USB-C robusto, uma capa de proteção transparente e a ferramenta de ejeção do SIM. Tudo o que precisas para começar a jogar.
Sim, também vem incluído um carregador generoso de 100W (algo que muitas marcas de topo já não incluem). Mas é importante realçar que este não é adaptável e a tomadas europeias, pelo que será necessário um adaptador se o quiseres utilizar.
Design e construção
Não há como enganar: o Redmagic 10 Pro grita "gaming". Com uma estrutura em metal e traseira em vidro nas cores Shadow, Dusk (a nossa versão de teste) ou Moonlight, sente-se premium e sólido na mão. Embora seja bom realçar que os 229g e os quase 9 mm de espessura o tornem um equipamento substancial.
O design conta com elementos agressivos, como iluminação RGB personalizável e, claro, as grelhas para o sistema de arrefecimento ativo ICE-X. Destacam-se ainda os gatilhos táteis de 520Hz na lateral, perfeitamente posicionados para gaming.
Tem ligação infravermelhos e entrada para jack 3.5mm (essencial para muitos gamers), que é cada vez mais raro. Está presente e localizada na parte superior do aparelho. A construção é robusta e bem pensada para aguentar sessões de jogos intensas.
Ecrã
Aqui está um dos maiores trunfos do Redmagic 10 Pro. O painel AMOLED BOE Q9+ de 6, 85 polegadas é simplesmente fantástico para jogar. A resolução FHD + (2688 por 1216 píxeis) é mais que suficiente, a taxa de atualização de 144Hz proporciona uma fluidez acima da média.
A taxa de amostragem ao toque que pode chegar aos 2500Hz (média de 960Hz) assegura uma resposta imediata aos comandos. Mas a cereja no topo do bolo é a câmara frontal UDC (debaixo do ecrã) de 2ª geração. Ou seja, zero furos, zero notches, apenas ecrã total para excelente imersão.
O brilho máximo de 2000 nits permite jogar confortavelmente mesmo no exterior. Já a proteção Corning Gorilla Glass dá alguma segurança extra em caso de quedas. O sensor de impressão digital também está integrado no ecrã e funciona de forma rápida e fiável.
Áudio
Os altifalantes estéreo duplos produzem um som potente e com boa separação, ideal para identificar passos ou efeitos sonoros nos jogos. O volume máximo é elevado, embora possa distorcer ligeiramente nos níveis mais altos.
A grande vantagem para os gamers, como já referi acima, é a manutenção da porta jack 3.5mm nesta geração. Esta permite usar auscultadores com fios para latência zero e sem necessidade de adaptadores.
Desempenho
É aqui que o Redmagic 10 Pro também brilha intensamente. Está equipado com o poderoso processador Snapdragon 8 Elite e é apoiado por uns absurdos 16 GB (no nosso modelo de teste) ou até 24 GB de RAM LPDDR5X Ultra e armazenamento UFS 4.1 Pro rápido de 256 GB, 512 GB ou 1TB.
O que te posso dizer é que este smartphone não conhece a palavra "lentidão". Jogos como Genshin Impact, PUBG Mobile, Call of Duty Mobile ou qualquer outro título exigente correm nas definições máximas, a 144Hz (quando suportado), sem qualquer sinal de esforço é um portento para quem gosta de jogar no smartphone.
Pontuação no Geekbench 6
- CPU: 3191 (single-core); 10052 (multi-core)
- GPU: 19473
O segredo para manter este desempenho de forma sustentada é o sistema de arrefecimento ICE-X Magic Cooling System. Este inclui uma ventoinha de alta velocidade (até 23 000 RPM), duto de ar dedicado e vários outros componentes, como cobre, grafeno, gel térmico, metal líquido).
Mesmo após longas sessões de jogo, o telemóvel aquece muito menos que os concorrentes sem arrefecimento ativo. O que evita o denominado thermal throttling. O processador dedicado Red Core 3 Pro ajuda a otimizar tarefas relacionadas com o gaming.
Outro pormenor importante é que os gatilhos táteis de 520Hz são personalizáveis e fornecem uma vantagem competitiva real em shooters. O Game Space dá-te acesso a funções como otimizar desempenho, mapear controlos, gravar gameplay. E para quem quer levar o jogo para o ecrã grande, o suporte a DP Output via USB-C é um bónus excelente. É, sem dúvida, um monstro de performance.
Interface
O Redmagic 10 Pro corre o Redmagic OS 10, baseado no Android 15. A interface é fortemente personalizada com uma estética gaming e inclui o já mencionado Game Space, que acaba por ser o centro da experiência de jogo.
No entanto, aqui encontramos alguns pontos fracos. Ainda existem algumas traduções menos conseguidas para português e a presença de algum bloatware pré-instalado que poderia ser evitado. A maior preocupação, comum em smartphones de nicho, é a política de atualizações, que raramente iguala a das marcas mainstream.
Aqui temos apenas 1 grande atualização de Android garantida. A marca promete atualizações no máximo a cada 2 meses durante 3 anos para corrigir erros, fazer otimizações ou lançar patches de segurança. Durante o nosso teste recebemos uma dessas atualizações. Mas apenas uma grande atualizações de Android é algo incompreensível e onde a marca tem de melhorar em futuros modelos.
Câmara
Vamos ser diretos: ninguém compra um Redmagic pela sua capacidade fotográfica. O conjunto de câmaras traseiras principal de 50MP com OIS, ultra angular de 50MP e macro 2MP e a câmara frontal UDC de 16MP são suficientes.
Com boa luz, consegue tirar fotos perfeitamente aceitáveis para partilhar nas redes sociais. O sensor principal com OIS até se safa. Mas assim que as condições de luz se complicam, ou quando comparamos com topos de gama de outras marcas, as diferenças são notórias em detalhe, alcance dinâmico e processamento de cor.






A câmara UDC, embora permita um ecrã imaculado, ainda representa um compromisso na qualidade das selfies face a uma câmara tradicional. Serve para o básico, mas claramente, o investimento foi todo para o desempenho. O vídeo também dá para o gasto, como podes ver abaixo. Mas mais uma vez afirmo: câmaras não são o foco deste smartphone.

Bateria
Com uma bateria massiva de 7050mAh, a autonomia é um dos pontos fortes do smartphone. Mesmo com sessões de jogo intensas, é difícil esgotar a bateria num só dia. Com uso mais moderado, esperar dois dias de utilização é perfeitamente realista.
E quando a bateria acaba, o carregamento rápido de 100W é o teu grande aliado. Consegues carregar o equipamento em cerca de 45 minutos na sua plenitude em pouco mais de 30 minutos, o que é excelente. O carregador que vem na caixa, pelo menos na nossa versão de teste, precisa de um adaptador, pois não segue a norma europeia de tomadas. Ah, e não há carregamento sem fios.
Conclusão
O Redmagic 10 Pro não tenta ser um smartphone para todos. É uma máquina de desempenho extremo, focada e otimizada para um propósito: trazer a melhor experiência de gaming mobile do mercado. Nesse aspeto, cumpre e supera as expectativas. O desempenho é brutal e sustentado, o ecrã é ótimo para imersão total, a bateria dura e carrega num ápice, e os extras como os gatilhos, jack 3.5mm e a possibilidade de ligar a um monitor externo são pontos a ter em conta.
Claro que há compromissos: as câmaras são apenas básicas e o software, embora funcional, carece do polimento e do suporte a longo prazo das marcas principais. Mas se és um mobile gamer hardcore e a tua prioridade número um é o desempenho bruto e uma experiência de jogo sem falhas, os pontos fracos tornam-se secundários.
Pelo que oferece no seu nicho, o Redmagic 10 Pro é uma recomendação fácil e um dos melhores smartphones gaming de 2025.