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A jornada da Google para fazer um smartwatch de topo tem sido uma maratona, mas com o Pixel Watch 4 a marca parece ter acertado em cheio. Depois de o usar intensivamente durante mais de um mês, é claro para mim que este é o novo padrão a bater no mundo Android.
E a concorrência vai ter de suar para o apanhar. Se tens um telemóvel Android e procuras a melhor experiência de smartwatch, o Pixel Watch 4 é o que deves considerar. E tudo se resume a três melhorias importantes.
1. Software: o Wear OS 6.0 e o Gemini brilham
A primeira razão é o software. O novo Wear OS 6.0 está fluido, graças ao processador Snapdragon W5 Gen 2. A Google redesenhou a interface com o Material 3 Expressive, que agora adapta as cores do sistema ao mostrador que escolhes, criando uma personalização muito mais coesa e que assenta que nem uma luva no design redondo do relógio.
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Mas a verdadeira mudança é a integração do Gemini. A nova função "Levantar para falar" é bastante útil. Basta levantares o pulso em direção à boca, como se fosses um agente secreto, e podes começar a dar comandos de voz sem dizeres "Hey Google". Usei isto dezenas de vezes para definir temporizadores, tirar dúvidas do dia a dia ou perguntar dados meteorológicos.
2. Autonomia: o fim da ansiedade da bateria
O maior pecado dos smartwatches Wear OS sempre foi a bateria. O Pixel Watch 4 resolve isto. A Google promete até 40 horas de uso, e nos meus testes, com a versão de 45 mm (que tem uma bateria de 455 mAh), consegui dois dias de utilização normal de forma consistente. Isto inclui receber centenas de notificações, monitorizar o sono todas as noites e registar caminhadas.
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Para um utilizador mais leve, dois dias e meio são perfeitamente alcançáveis. Quando finalmente precisas de o carregar, o processo está 25% mais rápido. O novo carregador magnético, que agora coloca o relógio de lado (ideal para a mesa de cabeceira), leva o relógio a 50% em apenas 15 minutos. É o tempo de um duche rápido e estás pronto para mais um dia.
3. Ecrã: mais brilhante, maior e simplesmente melhor
A terceira razão pela qual este relógio se destaca é o ecrã. A Google fez um bom trabalho e reduziu as margens em 16%, o que te dá 10% mais área de ecrã útil. Tudo parece maior e mais fácil de ler. Mas o verdadeiro salto está no brilho. O painel atinge agora uns impressionantes 3000 nits. Na prática, isto significa que consegues ver o ecrã perfeitamente, mesmo sob a luz solar mais intensa, o que é crucial para veres as tuas métricas de corrida ou simplesmente as horas.
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Conclusão: um smartwatch com WearOS bastante completo
Para além destas três razões, o Pixel Watch 4 continua a ser uma ferramenta de topo. A integração com a Fitbit está melhor que nunca, com um GPS de dupla frequência muito mais preciso para as tuas corridas e uma monitorização de sono 18% mais exata. Podes fazer chamadas diretamente do pulso, usar o Spotify offline e responder a mensagens do WhatsApp, tornando-o ainda mais útil
Com um preço a começar nos 399 € para a versão de 41 mm e 449 € para a de 45mm, não é barato. Mas pela primeira vez, a Google entrega um produto tão polido, tão funcional e com uma bateria tão competente, que o preço se justifica. Em alternativa, se preferires outro design e abordagem com wearOS, dá uma olhada ao Samsung Galaxy Watch8.
Confere a nossa análise completa do Google Pixel Watch 4 e a nossa lista de melhores smartwatches que podes comprar.