A desvalorização de um produto após a sua aquisição é uma realidade que afeta diferentes fabricantes de modo distinto. Se querem um smartphone que perca pouco valor comprem um Apple iPhone e evitem, sobretudo, os smartphones Android baratos.
Independentemente das vantagens e desvantagens de cada plataforma, tanto o Android como o iOS têm os seus méritos, certo é que os produtos de cada um destes hemisférios tendem a perder o seu valor com o tempo, alguns mais que outros.
Todos os smartphones perdem o valor com o tempo
As conclusões são agora avançadas pela agência Bankmycell, entidade norte-americana que estuda a erosão no valor dos smartphones, apurando as fabricantes que melhor mantêm o valor nos seus produtos e as que se portam pior.
Acima (gráfico), podemos ver três realidades. A linha preta representando o iOS (Apple iPhone) e as duas linhas verdes representando a verde-claro os topos de gama Android e smartphones Android baratos a verde-escuro.
Conclui-se que no prazo de um ano após a compra, a depreciação média de um iPhone é de 16,70%, ao passo que em média os Android perdem até 33,62% do seu valo - o preço pago aquando da sua compra.
A dois anos a depreciação é menos acentuada, com os Apple iPhone a perderem até 35,47% do seu valor e a totalidade dos Android até 61,50%. Em específico, contudo, os smartphones Android mais baratos podem perder até 95% do valor inicial.
Estendendo o período em análise para quatro anos, o estudo aponta uma desvalorização de até 66,43% para os Apple iPhone, ao passo que os smartphones Android (na totalidade), desvalorizam até 81,11%.
Em 9 meses um Samsung Galaxy S20 Ultra perde 65% do valor
A entidade norte-americana frisa ainda que face ao preço de venda ao público, o valor de trade-in, preço pago pela loja pelo smartphone usado é apenas uma fração do custo inicial - o valor pago pelo cliente aquando da aquisição.
Em particular nos Samsung Galaxy S20 Ultra, nove meses após a sua chegada ao mercado, o valor de retoma cai 64,71%. Isto é o mesmo que dizer que, aos olhos das lojas e agentes no mercado de segunda mão, o valor do produto caiu cerca de 65%.
Em comparação, no mesmo período de nove meses após o lançamento no mercado, o Apple iPhone 11 Pro Max perdeu 32,22% do seu valor - face ao preço que o consumidor paga pelo produto.
Este diferencial mostra-nos sobretudo o que as lojas estão dispostas a pagar pela retoma dos smartphones Android e iOS. É notória a maior confiança no valor produtos Apple face aos rivais Android.
O smartphone começa a perder valor assim que abres a caixa
A Bancmycell opera nos Estados Unidos da América e, como tal, baseia as suas conclusões nesse mercado. Os dados agora mencionados referem-se ao ano de 2020, avaliando a desvalorização média dos produtos junto das superfícies de retoma.
Acima vemos as médias ponderadas de desvalorização nas principais marcas a operar naquele mercado. Em 2020, os iPhone da Apple foram o produto que menos desvalorizou (22,35%) e os Android da HTC os que mais perderam valor (53,08%).
O grupo de smartphones Android baratos compreende os dispositivos com preço de venda até 350 dólares. É aqui que ocorre a maior desvalorização no mercado quando comparado com os demais smartphones Android e dispositivos iOS.
A entidade aponta no seu estudo, por exemplo, o Samsung Galaxy A50 que perdeu 79,94% do seu valor entre março de 2019 e dezembro de 2020. Este foi o pior smartphone Samsung no que ao valor no mercado de segunda mão diz respeito.
Cenário similar foi apontado para a gama Motorola G7. Esta série perdeu até 79,17% do valor em nove meses.
O iPhone SE (2020) foi o cisne negro da Apple
Ainda que a Apple tenha mantido melhor o valor dos seus produtos, nem todos os iPhone se portaram da mesma forma. Como aponta a Bankmycell, o iPhone SE (2020) perdeu 39,66% do seu valor entre abril e dezembro de 2020 na versão com 64 GB.
A versão com 128 GB de armazenamento interno perdeu 37,14% do valor, tal como a versão de topo, com 256 GB.
Em 2020 os iPhone da Apple desvalorizaram em média 16,70%. Contudo, o iPhone SE, em média, desvalorizou 38,22%.
O estudo da entidade norte-americana pode ser consultado na sua página, com a análise detalhada.
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