Ao comprar através dos nossos links, podemos receber uma comissão. Saiba como funciona.

OpenAI quer transformar o ChatGPT numa rede social — e pode usar as tuas imagens para isso

Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Tempo de leitura: 2 min.

A OpenAI pode estar prestes a dar um passo inesperado — e um tanto ousado. Segundo novas informações, a empresa liderada por Sam Altman está a trabalhar, em silêncio, numa plataforma social inspirada no X (antigo Twitter). A ideia? Criar uma espécie de rede social alimentada por inteligência artificial, onde o conteúdo gerado pelos utilizadores — e pela IA — é o protagonista.

Um feed à la X, mas com IA a gerar (quase) tudo

ChatGPT rede social
Imagem: edição de Shutterstock / Galeh Kholis

De acordo com o The Verge, o projeto ainda está numa fase inicial, mas já existe um protótipo interno em testes. Ao que tudo indica, o ponto de partida são as ferramentas de geração de imagens do ChatGPT.

Em vez de ser apenas mais um feed com memes e vídeos de gatinhos, a OpenAI quer um espaço onde os utilizadores possam criar e partilhar conteúdo com o apoio da IA, e não apenas consumi-lo. O formato deve lembrar o que já conhecemos de redes como o X ou o Instagram — um feed social com partilhas, comentários e interações, mas com a IA incorporada de forma nativa na experiência.

Altman, segundo fontes próximas do projeto, já apresentou a ideia a pessoas fora da empresa para recolher opiniões enquanto decide os próximos passos.

Dados em tempo real — e o fim da dependência de terceiros?

Se isto avançar, a OpenAI pode entrar numa disputa direta não só com a plataforma de Elon Musk, como também com a Meta. A razão não é apenas o formato: o verdadeiro valor está nos dados. Empresas como a Meta utilizam os conteúdos do Facebook e do Instagram para treinar os seus modelos de IA. O chatbot Grok, de Musk, faz o mesmo com os dados públicos do X.

A OpenAI, por outro lado, depende de fontes externas. Criar a sua própria plataforma social pode resolver esse problema, ao garantir acesso direto a dados em tempo real, gerados organicamente pelos utilizadores. E isso, para os modelos de IA generativa, vale ouro.

Altman já tinha deixado a porta aberta

O plano pode até parecer repentino, mas Altman já tinha deixado pistas. Quando surgiram rumores sobre uma nova aplicação social com assistente de IA da Meta, o CEO da OpenAI não resistiu e escreveu, no X: "Ok, talvez façamos uma aplicação social."

Agora, parece que ele não estava a brincar. Fontes ouvidas pelo The Verge dizem que a intenção é clara: ajudar os utilizadores a criar conteúdo melhor com IA e incentivar partilhas mais criativas. Um investigador de um laboratório rival chegou a admitir que o uso criativo do Grok para gerar publicações virais causou inveja em parte da comunidade de IA.

Nem tudo são certezas — o projeto pode nunca sair do papel

Apesar do entusiasmo, há um grande “se” nesta história. A OpenAI está, neste momento, focada em expandir o ChatGPT, lançar novas ferramentas e lidar com o escrutínio crescente sobre como recolhe e utiliza dados. Lançar mais uma rede social, num mercado já saturado, é um desafio arriscado.

Além disso, a empresa teria de convencer os utilizadores de que vale realmente a pena entrar em mais um feed, por muito inteligente que ele seja. A ideia pode ser boa, mas o timing — e a execução — vão ser tudo.

Promoção do dia!

Portátil Asus
202,29 €Amazon
354,77 €-43%
Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Sabryna trabalha com comunicação há mais de dez anos e especializou-se a produzir conteúdos e tutoriais sobre aplicações e tecnologia. Consumidora de streamings e redes sociais, adora descobrir as novidades do mundo.