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OpenAI quer reinventar o telemóvel com uma ideia estranha - que já tem investimento da viúva de Steve Jobs

Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Tempo de leitura: 3 min.

A OpenAI pode estar prestes a dar um passo que promete agitar ainda mais o mundo dos smartphones — e que, se correr como o previsto, poderá dar dores de cabeça à Apple.

Segundo o The Information, a empresa de Sam Altman está em negociações para adquirir a io Products, uma startup de hardware cofundada pelo próprio Altman e por ninguém menos que Jony Ive, o histórico designer do iPhone.

Um "telemóvel" sem ecrã (sim, leste bem)

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A Humane teve ideia similar com o seu Humane AI Pin (Imagem: Divulgação / Humane)

Segundo um novo relatório do The Information, entre os projetos da io Products, há um em particular que está a gerar curiosidade e polémica: um dispositivo com inteligência artificial e... sem ecrã.

A ideia passa por um aparelho controlado inteiramente por voz, centrado em interações com IA como o ChatGPT. Segundo os seus criadores, ele pretende oferecer uma experiência "menos socialmente disruptiva" do que o iPhone.

A ambição é clara. Fontes próximas ao projeto dizem que a io Products já atraiu investimento pesado, incluindo o apoio de Laurene Powell Jobs, viúva de Steve Jobs. A previsão era de que o financiamento atingisse os mil milhões de dólares até ao final de 2024, sinal de que há quem acredite (e muito) nesta proposta radical.

OpenAI quer hardware — e Jony Ive é a chave

Apesar de o ChatGPT já estar presente em praticamente todos os smartphones, esta é a primeira grande tentativa da OpenAI em desenvolver hardware próprio. A colaboração com Ive encaixa na estratégia de longo prazo: criar um dispositivo que rivalize com gigantes como a Apple e a Samsung, mas com uma abordagem completamente diferente da tradicional.

O objetivo, segundo a reportagem, é usar a IA para transformar a forma como interagimos com tecnologia, afastando-nos dos ecrãs e aproximando-nos de algo mais natural e fluido, como conversas em tempo real. Mas será este o caminho certo?

O fantasma do AI Pin: um aviso importante

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Imagem: Divulgação / Humane

Se tudo isto te soa vagamente familiar, não estás sozinho. O Humane AI Pin tentou algo semelhante — um “computador vestível” controlado por voz, sem ecrã — e não correu nada bem. O dispositivo teve mais devoluções do que vendas e acabou descontinuado poucos meses após o lançamento.

A Humane, empresa por trás do AI Pin, acabou vendida à HP por 116 milhões de dólares, mas a gigante americana deixou claro que o interesse era apenas na plataforma de IA CosmOS e nas suas mais de 300 patentes. O projeto do AI Pin? “Não, obrigado”, disse a HP, que nem sequer quis manter os dispositivos em funcionamento. Todos foram desativados a 28 de fevereiro.

Ideia ousada ou repetição dos erros?

Apesar do fracasso da Humane, a OpenAI parece convencida de que o conceito pode resultar — desde que bem executado. A aposta num dispositivo centrado na voz e na IA, liderado por Jony Ive, pretende abrir caminho a uma nova geração de interações homem-máquina, mais intuitivas e (supostamente) menos intrusivas.

Mas há uma ironia difícil de ignorar: a ideia de pessoas a falar com os seus dispositivos numa sala cheia pode ser ainda mais “socialmente disruptiva” do que estar colado a um ecrã. E essa pode ser a verdadeira prova de fogo deste projeto: não a tecnologia em si, mas a aceitação social do modelo.

Por agora, resta acompanhar os próximos passos. Se a aquisição da io Products se confirmar, a OpenAI terá nas mãos não só o talento de Jony Ive, mas também a oportunidade de liderar a próxima revolução no mundo dos dispositivos móveis — desde que não repita os erros do passado.

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Sabryna Esmeraldo
Sabryna trabalha com comunicação há mais de dez anos e especializou-se a produzir conteúdos e tutoriais sobre aplicações e tecnologia. Consumidora de streamings e redes sociais, adora descobrir as novidades do mundo.