"Através desta integração profunda e fraterna com a OPPO teremos mais recursos à disposição para criar produtos ainda melhores para vocês", Pete Lau, CEO da OnePlus. Cinco meses após a união dos departamentos de pesquisa e desenvolvimento (R&D), dá-se agora a fusão oficial de ambas as empresas. A figura dominante, atendendo à sua escala, continuará a ser a OPPO.
Foram oito anos de independência que nos trouxeram vários flagship killers, bem como alguns dos melhores smartphones Android de gama alta a chegar ao mercado. O futuro está em aberto e, fruto desta integração, podemos até ter mais e melhores produtos.
Após a fusão, a OnePlus será uma sub-marca da OPPO
"Ao longo dos últimos oito anos a marca OnePlus passou de startup para uma das maiores fabricantes mundias de smartphones, sendo uma força a ser reconhecida. Na categoria premium, somos amplamente reconhecidos na indústria pela qualidade dos nossos produtos e capacidade de superar o desempenho das rivais com orçamentos muito maiores. E, entre os entusiastas de tecnologia, como muitos de vocês, construímos uma comunidade ativa e focada na abertura e criação comum", pode ler-se na publicação feita por Pete Lau, responsável máximo da OnePlus, no fórum oficial da sua marca.
A publicação do CEO deixa bem claras as próximas etapas da sua empresa, a integração geral na estrutura da OPPO. Ainda assim, o executivo dá a entender que a OnePlus continuará a "operar independentemente", sem entrar em mais detalhes.
Ao abrigo do novo entendimento, ambas as marcas partilharão mais recursos. As fabricantes de smartphones partilharão o know-how, equipas técnicas e mais ativos, algo que já vinha a fazer há alguns anos. Agora, contudo, de forma mais profunda.
A OnePlus continuará a "operar independentemente"
Importa frisar que a OPPO e a OnePlus sempre tiveram uma relação de proximidade, dando-se agora o passo seguinte. Tenha-se em consideração que ambas pertencem à multinacional chinesa BBK Eletronics, tal como a Vivo e também a Realme (sub-marca da OPPO).
Face ao exposto acreditamos que esta alteração estrutural terá mais a ver com a vertente empresarial e organizacional de ambas as empresas. Para o consumidor, pelo menos para já, não devemos ter grandes novidades ou alterações, mantendo ambas as fabricantes a respetiva agenda.
Olhando ainda para a publicação do executivo, vemos que o mesmo promete "uma maior eficiência, por exemplo, na disponibilização de atualizações de software, estáveis, de modo mais rápido". Esperamos para ver exatamente até que ponto é que isto se materializará junto dos consumidores.
Note-se que, de momento, tanto a OnePlus como a OPPO têm equipadas próprias de software. Têm também as respetivas interfaces de utilizador (UI), a OxygenOS e ColorOS, respetivamente. Portanto, a não ser que ambas as equipas trabalhem doravante em conjunto, ou rumo a um mesmo objetivo, fica difícil perspetivar um agilizar das atualizações e suporte de software.
A fusão com a OPPO pode trazer mais smartphones baratos para a OnePlus
Os primeiros sinais de que a OnePlus mudava de rumo chegaram com a apresentação do OnePlus Nord. Foi o primeiro smartphone acessível de uma marca que durante 90% da sua existência se focou apenas nos smartphones topo de gama.
Algo que viria a mudar desde o final de 2019 e, sobretudo, em meados de 2020 com a saída de Carl Pei da empresa. Veja-se, a propósito, o artigo de opinião versando sobre a gradual transformação da empresa em questão.
Futuramente contamos com ainda mais smartphones baratos a serem lançados sob a égide da OnePlus. Temos já os Nord N10 e N100, bem como o seu sucessor, o OnePlus Nord N200.
Aliás, um dos seus próximos lançamentos, o OnePlus Nord 2, deve ser um rebranding do Realme X9 Pro a sub-marca da OPPO. Por fim, também o OnePlus Nord N100 foi, essencialmente, um OPPO A53 com diferente branding, pelo que o precedente já existe.
A OPPO é a nova Huawei e a OnePlus a nova Honor
A hecatombe da Huawei, outrora a maior fabricante mundial de smartphones (ainda que por breves momentos), deixou um enorme vazio no mercado mobile. Acometida a uma posição residual, a Huawei venderia em 2020 a sua sub-marca Honor que agora opera de forma independente. Aliás, temos já uma nova gama de smartphones Honor 50 equipados com os serviços Google.
Entretanto, em poucos meses, a OPPO ocuparia grande parte da quota de mercado que pertencera à Huawei. Veja-se, desde logo, a dominância do maior mercado mundial de smartphones, a China, título que pertence agora à OPPO.
Esta mesma estratégia é aplicada a regiões como a Europa e, necessariamente, também a Portugal. Ora, torna-se óbvio este novo equilíbrio de poder com a OPPO e a OnePlus a trabalharem em conjunto como o fizeram a Huawei e Honor em anos passados.
Resta-nos, por fim, desejar a melhor das sortes a ambas as fabricantes para que, no final, seja o consumidor o maior beneficiado.
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