De acordo com a Science Alert, o futuro poderá trazer-nos computadores duas vezes mais rápidos. Para que isso aconteça, poderá não ser preciso nenhuma atualização de software, mas sim uma aplicação que contenha algoritmos mais “inteligentes”, face às necessidades do utilizador.
Uma nova pesquisa sobre o tema tem sido levada a cabo pela Universidade da Califórnia Riverside (UCR). À luz dos estudos feito pela entidade referida, espera-se que, no futuro, se consigam obter três coisas fundamentais: melhor desempenho do hardware, mais eficiência e redução do uso de energia.
Não são precisos novos processadores, porque o utilizador já os tem
Acerca deste possível aumento de velocidade em computadores, um dos engenheiros de computação da UCR, Hung-Wei Tseng, refere que não existe qualquer necessidade em adicionar processadores novos. Isto porque, no seu entender, o utilizador “já os possui”.
Em relação ao funcionamento dos processadores, importa referir que estes costumam operar numa lógica de combinação. De acordo com a mesma fonte de informação, é comum existir um dedicado a gráficos, o GPU, uma unidade de processamento tensor (TPU), assim como uma eventual “unidade central de processamento para lidar com cálculos gerais de computação”.
No teste, a execução foi 1,95 vezes mais rápida
Em relação ao teste levado a cabo pelos estudiosos da UCR, foram incluídos alguns componentes. Entre estes, uma CPU ARM Cortex-A57, uma GPU Nvidia e uma TPU Google Edge. Através da técnica SHMT, multithreading simultâneo e heterogéneo, os resultados foram bastante positivos. Isto porque a execução foi 1,95 vezes mais rápida, enquanto se reduziu a utilização de energia em 51%.
Sobre esta descoberta, os investigadores da Universidade da Califórnia Riverside escreveram, num artigo, que os modelos implementados têm como principal foco a utilização “apenas das unidades de processamento mais eficientes para cada região de código, subutilizando o poder de processamento em computadores heterogéneos” (via Science Alert).
Os investigadores referem que ainda é preciso superar alguns desafios
Ainda que as perspetivas sejam boas, os próprios investigadores admitem que é cedo para a tecnologia em questão se massificar. Sobre o assunto, estes identificam alguns desafios que precisam de ser superados, em termos de divisão de tarefas de computação atribuídas a cada processador.
De qualquer forma, é possível que o estudo em questão possa contribuir para uma evolução futura, em termos de velocidade computacional. A pesquisa levada a cabo pelos investigadores da UCR foi apresentada no 56º Simpósio Internacional Anual IEEE/ACM e encontra-se disponível online.