Nos últimos tempos, a parceria entre a Nissan e a Honda deu muito que falar. Chegou até a ser assinado um acordo para a operação conjunta das duas gigantes automóveis, que se iriam fundir numa só. Ao que tudo indica, já não vai acontecer.
Num anúncio oficial, as duas empresas referem que “concordaram em rescindir” o entendimento alcançado em 2024. Recorde-se que o objetivo principal era assumir um maior protagonismo no setor dos carros elétricos (VE).
O que mudou para o plano de Nissan e Honda ser cancelado?
De acordo com a Engadget, os membros executivos de Nissan e Honda terão chegado a uma conclusão tardia de que, afinal, queriam coisas distintas. Foram, inclusive, analisadas várias estruturas finais para a entidade resultante desta parceria.
A mesma fonte de informação avança que a Honda chegou a sugerir uma holding conjunta, onde esta nomeava grande parte dos diretores. A Honda terá ainda feito uma proposta, onde atuaria como “empresa-mãe” perante a Nissan, que seria como uma marca subsidiária.
Um relatório recente do Financial Time refere, inclusive, que a proposta da Honda não deu grande margem de negociação à Nissan. Na prática, terão sido colocadas duas hipóteses em cima da mesa: ou a Nissan aceitava as condições ou o acordo caía.
Tudo faz supor que, à data da proposta, a Nissan terá logo mostrado o seu parecer negativo face ao convite da Honda. No entanto, o comunicado oficial só foi emitido alguns dias depois da reunião.
As declarações da Honda e da Nissan
Confirmado o “divórcio” entre a Honda e a Nissan, o comunicado oficial emitido pelas marcas explica a situação. No documento, consta que o fim das discussões aconteceu "para priorizar a velocidade da tomada de decisão e a execução de medidas de gestão num ambiente de mercado cada vez mais volátil rumo à era da eletrificação".
Ainda assim, as gigantes automóveis garantem que irão trabalhar no futuro, "dentro da estrutura de uma parceria estratégica voltada para a era da inteligência e dos veículos eletrificados".
Não deixa ainda de ser curioso que, numa fase inicial, se chegou a equacionar um terceiro nome para esta parceria: a Mitsubishi. Apesar da possibilidade de se juntar, a marca japonesa preferiu não aceitar a proposta.
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