
Conectividade global permanece estável
Na manhã de 30 de julho, um terramoto de magnitude 8,8 atingiu a região da península de Kamchatka, na Rússia. Considerado o sexto mais forte de que temos registo, surpreendeu pela intensidade e pelos possíveis efeitos secundários, nomeadamente os tsunamis.
Logo após o abalo, surgiram alertas de tsunami inéditos em diversos países do Pacífico, incluindo Japão, EUA (Costa Oeste e Havaí), Chile, Equador, e Nova Zelândia.
Apesar disso, não foram registadas interrupções em cabos submarinos, centros de dados nem serviços de cloud, como AWS, Azure ou Google Cloud
Alertas de tsunami e ondas registadas
Governos de vários países emitiram alertas de tsunami, incluindo os Estados Unidos, Japão, Rússia, Equador, Peru e Chile. Ondas de até cinco metros já foram observadas na Rússia, enquanto o Havai registou ondas de 1,74 metros.
No entanto, a maioria dos avisos já foram reduzidos de "warning" (perigo iminente) para "advisory" (precaução) em regiões como os EUA e Japão.
Especialistas em sismologia explicam que, embora ondas de até 3–5 metros já tenham sido observadas em zonas próximas ao epicentro (como Severo‑Kurilsk, na Rússia), a probabilidade de tsunami grave atingir áreas distantes, como os EUA, é baixa a moderada.
Com o aumento da frequência e intensidade dos sismos em várias regiões do mundo, sistemas de alerta precoce tornam-se cada vez mais relevantes. A Google tem desempenhado um papel importante nessa área e talvez o teu telemóvel já esteja preparado para te avisar.
Cabo submarino junto ao epicentro mantém-se funcional
Um dos cabos submarinos mais próximos do epicentro do terramoto é o Petropavlovsk-Kamchatsky – Anadyr, operado pela empresa russa Rostelecom. Esta infraestrutura garante conectividade a regiões remotas do extremo oriente russo e passa muito perto da zona afetada. Apesar das preocupações iniciais, não foram registadas falhas ou interrupções no serviço.
A Rostelecom confirmou que o cabo está a operar normalmente, reforçando a fiabilidade das suas infraestruturas mesmo perante fenómenos naturais de elevada magnitude.

Plataformas cloud confirmam operações estáveis
De acordo com o portal The Register, não foram detetadas falhas em centros de dados, redes de telecomunicações ou fábricas de produção de chips. As páginas de estado das principais plataformas de cloud (AWS, Microsoft Azure e Google Cloud) também não registaram qualquer interrupção de serviço no Japão ou em outras regiões próximas.
Embora vários cabos submarinos se encontrem ao sul do epicentro, o impacto do tsunami no Oceano Pacífico poderá ser monitorizado ao longo do tempo para garantir que a infraestrutura permanece intacta.
Sismo comparável ao de 2011
Segundo o Levantamento Geofísico da Rússia, o abalo teve uma magnitude de 8,9, o que o torna o mais forte desde o sismo de 2011 que afetou o Japão. Na altura, o evento provocou milhares de mortes e o acidente nuclear de Fukushima. Desta vez, felizmente, os danos são substancialmente menores.