Aparentemente, a NOWO não está preparada para lançar os seus serviços de 5G. Chegou-se a pensar que a operadora ia ser vendida à Vodafone, mas tal não aconteceu e, segundo a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), o pedido mais recente é de adiamento.
A notícia foi dada esta quarta-feira, dia 31 de julho, pela própria ANACOM, sendo que a entidade considera “adequada” a proposta da NOWO. Isto porque “face à alternativa de um início de atividade mais célere, embora mais limitado, esta apresenta um impacto neutro no que releva para as condições de concorrência nos mercados de comunicações eletrónicas”.
A Media Capital poderá comprar a NOWO
O futuro da operadora ainda é incerto, mas, nos últimos tempos, tal como a 4gnews noticiou, tem-se falado sobre o interesse da Media Capital. Recorde-se que um apoio deste calibre pode ser vital à NOWO, até por questões de subsistência da empresa.
Sobre o tema, a Media Capital não afirmou categoricamente que queria comprar a operadora em questão. Antes pelo contrário, referiu que estaria disposta a negociar, numa primeira fase, e a reunir com as entidades reguladoras.
Recorde-se que, só em 2021, a NOWO investiu 70 milhões de euros em 5G, em três áreas distintas. A questão é que, face ao regulamento dentro de duas destas áreas, a empresa vê-se obrigada a lançar serviços nos três anos seguintes. Neste caso, o teto máximo seria o mês de novembro de 2024, o que parece um cenário improvável.
O novo prazo prolonga-se até ao fim de 2025
Perante tudo isto, a ANACOM abriu uma nova consulta pública, que permite à NOWO adiar o prazo de lançamento do 5G até ao final de 2025.
Como se pode ler no comunicado da ANACOM, esta consulta estará patente até ao dia 12 de setembro e destina-se a todos os “interessados”. Sobre o tema, a entidade reguladora não vê nenhum impedimento neste adiamento.
“Efetuado um juízo de ponderação dos custos e benefícios face aos objetivos que se pretende alcançar, considera-se que o saldo é positivo. Assim sendo, a ANACOM entende que o deferimento do pedido da Nowo é conforme aos objetivos de regulação” - refere.
A Autoridade Nacional de Comunicações acrescenta ainda que “tal decisão é também objetivamente justificada, adequada e necessária para atingir os fins de interesse público cuja prossecução incumbe a esta autoridade”.
Resta esperar para ver se a NOWO arranja comprador ou não. A Media Capital pode ser uma forte possibilidade, mas, como dito anteriormente, nada está confirmado.