A finlandesa Nokia foi outrora uma das líderes do mercado das telecomunicações móveis. Corria a década de 90 quando o domínio desta marca era evidente. Naquela altura era comum vermos qualquer pessoa utilizar um telemóvel Nokia, algo que até podia ser objeto de cobiça por parte de outros.
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O mercado em que a mesma se insere é cada vez mais competitivo e feroz, logo, alcançar este objetivo não será tarefa fácil. A empresa finlandesa conta conseguir alcançá-lo construindo um portefólio onde o consumidor é colocado em primeiro lugar.
Um ponto que, segundo Mead, jogará a favor da Nokia é o facto de a mesma não necessitar de se apresentar ao mercado, algo que outras marcas jovens têm de fazer.
"O mercado mudou. Bem, não necessitamos de apresentar a marca como outras jovens marcas necessitam, mas o que precisamos fazer é escrever o próximo capítulo. É uma marca que geralmente é identificável, mas pode não ressoar com a demografia antiga, a forma como as pessoas compram e consumem mudou, por isso já não basta apenas criar um anúncio impresso ou uma campanha de TV."
A nostalgia é um dos pontos em que a Nokia está a apostar nessa sua nova vida
Outro ponto de vantagem para a Nokia está no factor nostalgia. Apelar a esse sentimento daqueles que outrora foram detentores, ou pelo menos conhecedores, dos feitos alcançados pela marca.
Este foi até um dos principais pontos que motivou o lançamento do novo Nokia 3310. Este telemóvel foi agora lançado para garantir que as pessoas se iriam relembrar da marca e dos momentos divertidos que tiveram com este mítico dispositivo.
Não obstante deste notório optimismo por parte de Shannon Mead, o mesmo reconheceu que há ainda um longo caminho a percorrer até lá chegar. Um dos primeiros passos a serem dados é criar parcerias com operadoras para a distribuição dos novos Nokia com Android.
Um dos pontos mais favoráveis desta nova vida da marca é precisamente a utilização do Android num estado puro. Desta forma, não só a marca consegue reunir um maior consenso no mercado, como também potenciar a distribuição atempada de atualizações para os seus equipamentos.
Esta tem sido um dos principais pontos diferenciadores da Nokia da restante concorrência. Neste momento, o seu primeiro topo de gama Android corre já o novo Android Oreo, ao passo que a líder do mercado global - a Samsung - ainda não o fez chegar aos seus Galaxy S8.
Este é um objetivo bem ambicioso por parte da mítica empresa finlandesa. Chegar lá não será tarefa fácil com todos as marcas de qualidade que se encontram já estabelecidas no mercado.
A forma como esta nova Nokia tratará os seus clientes será um ponto preponderante neste caminho. Se a mesma continuar a suportar os seus produtos da forma como o tem feito, se continuar a praticar os preços razoáveis que agora pratica, terá grandes probabilidades de o conseguir.
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