A Nokia mudou o seu logótipo. As novidades foram anunciadas na abertura do Mobile World Congress 2023 (MWC) visando alinhar os objetivos da marca com os novos desafios que pautam o seu crescimento. É a 1.ª vez que a empresa finlandesa altera a sua imagem de marca em cerca de 60 anos, com o novo aspeto bem visível nas imagens e vídeo que ilustra esta peça.
Tal como podemos observar pelas imagens, o novo logótipo da Nokia é composto por cerca de cinco elementos ou formas relativamente indistintas que, no conjunto, compõem a palavra Nokia. À memória surge, por exemplo, o novo logótipo da fabricante automóvel KIA.
Este é o novo logótipo da finlandesa Nokia
Ao passo que o logótipo tradicional da Nokia, facilmente reconhecível em qualquer ponto do mundo, era associado sobretudo aos telemóveis de outrora, a marca quer agora dar um passo em frente. Por isso, tal como aponta o homem forte da marca, Pekka Lundmark, esta mudança era necessária.
"Era (o logótipo antigo) sobre telemóveis e atualmente somos uma empresa de tecnologia", apontou o executivo durante uma entrevista com a agência Reuters.
Até ao momento o logótipo antigo continua a figurar nas páginas oficiais da marca, bem como nos seus canais e redes sociais. Será a partir de agora uma alteração gradual, com a empresa a "lavar a cara", inaugurando uma nova era na sua atividade.
As várias facetas do novo logótipo da Nokia
O executivo, Pekka Lundmark, afirmou que esta alteração faz parte do seu grande plano para a Nokia desde que assumiu a pasta de CEO numa época de crise, em 2020.
O plano, composto por 3 etapas, colocará a Nokia a vender mais dispositivos a terceiros, ao setor empresarial, bem como a desenvolver novas tecnologias e soluções.
Por outras palavras, a Nokia passará por um reboot em diversos setores, querendo acelerar o crescimento e implementar novas áreas de investigação na sua agenda.
Sucintamente, o foco primordial serão os clientes empresariais. Segundo o executivo "O nosso setor empresarial cresceu 21% no último ano e representa 8% das nossas vendas, ou cerca de 8 mil milhões de euros, mas esperamos aumentar esta cifra o quanto antes. Pelo menos duplicar estas cifras. O sinal é perfeitamente claro, só queremos estar num negócio que possamos liderar globalmente."
Uma nova era no seio desta fabricante europeia, além dos telemóveis
O novo rumo da Nokia colocará a empresa no mercado da automação de linha produção e dos centros de dados. Ou seja, ficará frente a frente com gigantes como a Microsoft e Amazon. Algo que não passa despercebido ao atual CEO, mostrando-se confiante.
Por fim, esta não é a primeira vez que a Nokia aposta em novos mercados, segmentos de atividade, ou procede a mudanças na sua imagem, senão vejamos um pouco da sua história.
- A Nokia é uma empresa finlandesa fundada em 1865 como fabricante de papel e que mais tarde expandiu os seus negócios para incluir produtos de borracha, cabos elétricos e eletrónicos.
- Já nos anos 1960, a Nokia entrou no mercado de telecomunicações.
- A Nokia começou a fabricar telefones telemóveis no final dos anos 1980 e tornou-se líder mundial em telefones telemóveis nos anos 1990 e início dos anos 2000.
- A Nokia também se tornou conhecida por seus smartphones com o sistema operativo Symbian.
- Logo a partir de 2007, com o lançamento do iPhone da Apple e o crescimento do Android, a Nokia começou a perder terreno no mercado de smartphones.
- Em 2011, a Nokia fez uma parceria com a Microsoft para produzir telefones com o sistema operativo Windows Phone.
- No entanto, essa estratégia não deu certo e, em 2014, a Nokia vendeu a sua divisão de telefones à Microsoft.
- Após a venda da sua divisão de telefones, a Nokia concentrou-se em outras áreas de negócios, como redes de telecomunicações e tecnologia de mapeamento e localização.
- Em 2016, a Nokia adquiriu a empresa de tecnologia de saúde Withings e entrou no mercado de dispositivos de saúde e bem-estar.
- Atualmente, a Nokia é uma das principais fornecedoras de equipamentos de rede de telecomunicações em todo o mundo e continua a investir em tecnologias de ponta, como 5G, Internet das Coisas e realidade virtual e aumentada.
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