Já passaram três anos desde que a agência espacial americana NASA iniciou um projeto chamado Electric Powertrain Flight Demonstration (EPFD) e estamos agora, finalmente, a começar a ver os frutos deste programa.
Isto porque a organização e um dos seus parceiros de trabalho, a magniX USA, decidiram, em agosto, mostrar ao mundo o avião eletrificado que estará no centro de todo o projeto.
O objetivo principal deste projeto
O objetivo da EPFD é apresentar tecnologias de propulsão elétrica para aeronaves que possam ser utilizadas na indústria a partir da década de 2030, de forma a ajudar a reduzir as emissões nocivas dos aviões comerciais. Para a tarefa em causa, será utilizado um avião De Havilland Dash 7 modificado.
A magniX vai instalar no avião um dos seus sistemas de propulsão híbridos elétricos, compostos por motores turbo-hélice convencionais e motores elétricos, que serão testados em terra e no ar.
O sistema de propulsão chama-se magni650, que já foi inclusive anunciado como o hardware de eleição para o avião Alice da startup Eviation. É uma peça de tecnologia inovadora, que fornece 943 cavalos de potência elétrica.
As primeiras imagens do conceito da NASA
O que nos foi dado a conhecer no mês passado foi o primeiro olhar sobre o avião Dash 7 que será utilizado para este programa, totalmente revestido com a pintura que usará durante a duração do projeto. O avião foi apresentado ao público no dia 22 de agosto, no Aeroporto Internacional de King County em Seattle, Washington.
O avião, que já foi submetido a testes de em Moses Lake, Washington, vai agora ser adaptado para utilizar a sua nova powertrain, estando o início dos testes de voo previstos para 2026. A agência espacial contribuirá com ideias de desenvolvimento, instrumentos de teste de voo e análise de dados.
Não se sabe ao certo quanto tempo demorará o procedimento de teste, no entanto, a NASA diz que pretende utilizar tudo o que aprender com isto para formar “novas normas e regulamentos para futuros aviões eletrificados”. O objetivo é encontrar uma solução que possa servir as necessidades de aviões com capacidade para transportar até 50 passageiros.