No mundo científico, os avanços são constantes, sendo que, ao que tudo indica, a próxima grande novidade envolve a NASA. A agência especial tem o objetivo de enviar astronautas para Marte em apenas 10 dias. Como se faria isso? Através de um foguetão movido a energia nuclear.
De acordo com o portal de notícias da Science and Nature, esta passagem de propulsor químico para nuclear iria traduzir-se num impulso bastante mais eficiente e potente, o que seria um grande avanço para o mundo científico.
A NASA "sonha" com a propulsão nuclear desde 1959
Recorde-se que a propulsão nuclear não é propriamente um sonho recente da NASA. Segundo revela a mesma fonte de informação, a NASA já procura implementar o conceito de propulsão nuclear desde 1959. Posto isto, passaram-se cerca de 65 anos e a tecnologia é outra, muito mais evoluída, e o sonho pode deixar de ser um sonho e passar a ser um objetivo palpável.
Em termos práticos, esta evolução significa que as viagens a Marte, em vez de demorarem meses, passariam a demorar dias, o que facilitaria, de forma evidente, o estudo deste planeta. Para além disso, reduzir-se-ia o tempo de estadia no espaço, o que seria positivo, também, para a saúde dos astronautas, que estariam expostos a menos quantidades de radiação.
Este avanço científico pode permitir chegar a outros planetas
Sendo possível adotar motores nucleares, as perspetivas de conhecimento ampliar-se-iam significativamente. Como refere a Science and Nature, não seria de estranhar que se começassem a delinear missões para outros planetas nunca antes explorados pelo ser humano, tais como Júpiter ou Saturno.
Por enquanto, o grande desafio que é colocado à NASA prende-se com garantir a máxima segurança deste tipo de motores nucleares. Para alcançar resultados nunca antes vistos, é preciso que existam condições de suportar todo o tipo de temperaturas e de resistir às radiações.
Como referido anteriormente, o sonho de um motor de foguetão nuclear já é antigo. Contudo, devido aos avanços tecnológicos, é cada vez mais uma possibilidade. Com este possível avanço, todo o espaço passaria a ser “menos distante” e mais alcançável. Sobre o timing previsto para os testes desta tecnologia, Bill Nelson, da NASA, referiu que o objetivo é começar a testar a partir de 2027.