O novo Nothing Phone (3), que já testámos no 4gnews, é um telemóvel que gera opiniões diversas. Com um preço de 849 € em Portugal, o seu design controverso e algumas escolhas de hardware mais modestas (como a porta USB 2.0 ou o ecrã LTPS) são pontos que o impedem de ser perfeito.
No entanto, após o usar como o meu telemóvel principal nas últimas semanas, há três características fundamentais que brilham e que podem fazer dele a escolha certa para ti, se valorizas mais a experiência do que uma simples folha de especificações.
1. O design
A primeira razão é a mais óbvia é o design. Num mercado saturado de telemóveis que parecem todos iguais, o Phone (3) é no mínimo diferente. A Nothing mantém a sua assinatura com a traseira transparente, mas muda o conceito. A icónica Glyph Interface foi substituída pelo Glyph Matrix.
É um disco de micro-LEDs que funciona como um pequeno ecrã monocromático para notificações e animações. A câmara periscópica, deslocada para a esquerda, cria uma assimetria que é, no mínimo, arrojada. Podes gostar ou não, mas este é um telemóvel que não passa despercebido e que vai gerar conversas sempre que o tirares do bolso. A construção em alumínio e vidro dá-lhe um toque premium que se sente na mão.
2. O Nothing OS
A experiência de software é, para mim, o grande trunfo da Nothing. O Nothing OS 3.5, baseado no Android 15, é limpo, rápido, esteticamente coeso e, mais importante, não tem "lixo" (bloatware) pré-instalado. A estética de está presente em todo o sistema, criando uma identidade visual sem perder a essência do Androd puro.
As novas funcionalidades como a Essential Search (uma pesquisa universal) e o Essential Space (um "bloco de notas" inteligente ativado por um botão físico dedicado) podem também ser úteis. Mas a grande novidade é a promessa de 5 anos de atualizações do Android e 7 anos de atualizações de segurança. Isto dá-te uma tranquilidade e uma longevidade nem todos os telemóveis Android possuem.
3. A autonomia
O Phone (3) porta-se muito bem no campo da autonomia. A bateria de 5150 mAh, com a nova tecnologia de silício-carbono, deu-me, nos meus testes, autonomia para um dia inteiro de uso intensivo sem qualquer ansiedade. Para um utilizador mais moderado, chegar a um dia e meio é perfeitamente possível.
E pode até dizer-se que a sua capacidade podia ser maior. Quando precisas de carregar, o carregamento com fios de 65 W enche a bateria totalmente em menos de uma hora (54 minutos, sensivelmente). A isto junta-se ainda a conveniência do carregamento sem fios de 15 W e do carregamento inverso de 5 W.
Apesar de ter os seus contras, se valorizas um design que se destaca, uma experiência de software pura, rápida e com suporte de longa duração, e uma bateria que te dá descanso para o dia todo, estas três razões podem ser mais do que suficientes para fazeres do Nothing Phone (3) a tua escolha.