A Microsoft lançou o seu mais recente relatório de cibersegurança, o Cyber Signals. E o recado é claro: a Inteligência Artificial está a facilitar (e muito) a vida aos cibercriminosos. A capacidade de gerar conteúdo convincente de forma rápida e barata está a potenciar fraudes online em áreas como o comércio eletrónico, recrutamento e falso suporte técnico.
A gigante tecnológica alerta para o aumento do perigo e revela ter impedido quase 4 mil milhões de dólares em fraudes no último ano. O grande problema, segundo a Microsoft, é que a IA generativa permite criar esquemas mais sofisticados com menos esforço.
Estamos a falar de sites falsos que imitam lojas reais (com descrições e reviews geradas por IA), campanhas de phishing muito mais personalizadas, anúncios de emprego fictícios e até entrevistas de emprego simuladas com recurso a deepfakes. Isto facilita entrada para os burlões e torna mais difícil para ti detetar a fraude. A atividade é global, com destaque para origem na China e Europa.
As áreas mais afetadas, segundo a Microsoft
As áreas mais afetadas identificadas no relatório são o e-commerce (sites falsos, chatbots fraudulentos), o recrutamento (anúncios e perfis falsos para phishing de dados. Ou seja, desconfia de ofertas boas demais ou que peçam dinheiro. E há ainda as burlas de suporte técnico, onde criminosos usam vishing e ferramentas como Quick Assist para obter acesso remoto.
A Microsoft promete estar a reforçar as suas defesas com ferramentas como Defender, proteções no Edge e segurança melhorada no Quick Assist. No entanto, a tua atenção é fundamental. Os conselhos essenciais passam por usar sempre autenticação de dois fatores, verificar cuidadosamente a legitimidade de sites e ofertas de emprego (HTTPS, emails empresariais, promessas realistas).
Deves ter especial cuidado com pedidos de acesso remoto não solicitados e ativar os novos alertas de segurança em ferramentas como o Quick Assist. Podes encontrar mais detalhes e recomendações no relatório completo Cyber Signals.