
A DIGI entrou no mercado com preços que pareciam demasiado bons para ser verdade. Rendi-me e, durante quase um ano, tive em casa a sua fibra de 1 Gbps simétrico por 10 euros mensais. O serviço sempre funcionou de forma exemplar. Mas a pergunta que me assaltava, principalmente quando passou a haver essa possibilidade, era se preciso mesmo de toda essa velocidade.
A resposta levou-me a fazer o downgrade para o plano de 500 Mbps simétricos. A mudança não podia ser mais rápida. Basta entrar no página pessoal do MyDIGI e fazer a mudança manualmente. O router reinicia a passamos a ter nova velocidade máxima. E o que mudou? A fatura, principalmente.
3 euros por mês parecem pouco? Ao fim do ano são 36 €
A minha fatura passou de 10 € para 7 € por mês. Sim, são apenas 3 euros de diferença, mas as contas fazem-se ao ano. São 36 € que ficam no bolso. O que já paga cinco meses deste mesmo serviço. E na prática, no dia a dia, a diferença de velocidade é... quase nula. Para 99% das tarefas, 500 Mbps simétricos são mais do que suficientes.
Continuo a ver séries em 4K nos serviços de streaming sem qualquer engasgo, a fazer videochamadas de trabalho com uma qualidade impecável e a sacar ficheiros grandes em poucos minutos (ou segundos). A grande beleza do serviço da DIGI não é só o preço. É também na velocidade de upload. Ter 500 Mbps de upload é um luxo que, nos operadores tradicionais, pagas a peso de ouro e que faz toda a diferença na hora de enviar ficheiros para a cloud ou fazer backups.
Os pontos fracos: o router e a falta de um IP público
Mas nem tudo é perfeito. A minha principal queixa, que se mantém neste tarifário, é o alcance do router Wi-Fi. Mesmo num apartamento pequeno, o sinal chega fraco a algumas divisões. É um problema que muitos utilizadores relatam e que, provavelmente, te vai obrigar a investir num sistema Mesh ou nuns adaptadores Powerline para teres uma cobertura decente em toda a casa.
O outro "senão" é mais técnico, mas pode ser um deal-breaker para alguns utilizadores mais avançados. A DIGI não te atribui um endereço de IP público, usando uma tecnologia chamada CG-NAT. Em bom português, isto significa que o teu acesso à internet é partilhado. O que complica imenso a vida a quem quer aceder a serviços na sua rede doméstica a partir de fora.
Se usas o Plex para ver os teus filmes em casa de um amigo, se tens um servidor caseiro ou se precisas de aceder a câmaras de vigilância remotamente, vais encontrar aqui um possível obstáculo. É uma limitação a ter em conta se és um utilizador mais avançado.
