O Moto G56 é um dos lançamentos mais recentes da Motorola. Como é habitual na série G, este é um smartphone acessível que chega com alguns atributos surpreendentes, como por exemplo uma bateria com capacidade excelente. Mas em que pontos se destaca este modelo? E o que podia ser melhor?
Passei as últimas semanas com o Moto G56 e agora mostro-te os pontos fortes e menos fortes deste modelo que custa a módica quantia de 249 €.
Unboxing
Ao contrário do que acontece com outros smartphones Motorola – como o Edge 60 Pro –, a caixa do Moto G56 não está perfumada. Mas tem uma surpresa muito bem-vinda.
Ao retirares o smartphone da caixa, encontras uma capa de proteção de plástico transparente. Não é muito robusta, mas vai servir para proteger minimamente este modelo.
Está ainda incluído um cabo para carregamento USB-C para USB-A. Este será um dos casos raros em que um smartphone de entrada de gama oferece o “bónus” de uma capa de proteção.
Design e qualidade de construção
Claramente, a Motorola aposta forte no design e qualidade de construção dos seus equipamentos. Ainda que esteja posicionado num segmento de preço mais acessível, a marca faz poucas concessões no que respeita à estética e robustez deste equipamento.
O Moto G56 herda as linhas direitas e sóbrias, assim como o painel com textura do Motorola Edge 60 Pro. Mais: conta com a mesma classificação IP68/IP69 para resistência a água (jatos e mergulhos de meia hora de até 1,5 metros incluídos) e certificação MIL-STD 810H como garantia da sua construção robusta.
Sim, a Motorola seguiu a mesma estética e qualidade de construção em modelos posicionados em faixas de preços completamente diferentes. E quem fica a ganhar é o Moto G56 que por um preço de 249 € apresenta um design cheio de estilo e muito confortável de usar.
Destaque ainda para a qualidade de construção que parece estar preparada para aguentar qualquer rotina, por muito radical que esta seja. E claro podemos sempre usar a capa de proteção, mas o painel Eco Leather com textura é tão confortável ao toque que vamos “esquecermo-nos” de a colocar muitas vezes.
Ecrã e áudio
O Moto G56 está equipado com um ecrã LCD de 6,72 polegadas que fornece uma resolução de 2400 por 1080 pixéis, um brilho máximo de 1.000 nits e uma taxa de atualização de 120 Hz.
Na prática, fornece uma boa qualidade de imagem; no entanto, quando colocamos os conteúdos em ecrã completo, surgem molduras laterais com um tamanho excessivo. Aqui não tens a sensação desejável de ecrã infinito, mas consegues ter uma boa experiência de visualização, com o painel a lidar bem com os pretos e contraste.
A taxa de atualização de 120 Hz cumpre com os requisitos desejáveis para as redes sociais, mas o brilho máximo de 1.000 nits, por vezes, debate-se com dias em que o Sol está mais intenso.
Em resumo, vais ter uma boa experiência de visualização na navegação Web, redes sociais e-mail. Para os conteúdos multimédia, terás de adaptar-te às barras laterais. As boas notícias é que passado este período de adaptação, consegues ver muito bem neste painel a tua série de eleição. Preferia também ver aqui um ecrã AMOLED, como acontece com outros concorrentes, em vez do painel LCD.
Quanto à qualidade de som, cumpre com o que é preciso. Vais conseguir reter a respiração nos momentos de suspense das séries e filmes, o que é muito bom. Mas falta aqui “poder” para ouvires a tua playlist de música.
Pelo lado positivo, conta com uma entrada áudio 3,5 mm para auscultadores. Assim, podes estar descansado a ouvir diálogos ou música na sala enquanto a família está a ver televisão.
Desempenho

Como equipamento de entrada de gama que é, o Moto G56 abriga no interior o processador MediaTek Dimensity 7060. Transpondo este chip para o dia a dia, tens aqui um terminal que é surpreendentemente bom para navegar na Web e redes sociais, ver o mail, algumas séries, mas não contes correr aqui jogos exigentes.
Estamos perante um processador de 6 nm e, como tal, jogos com grafismo poderoso nem vale a pena instalar. Mas se és fã de quebra-cabeças, jogos de palavras e outros que tal, tens aqui um bom aliado.
Os 8 GB de memória RAM são muito bem-vindos e, no caso do modelo em teste, os 512 GB de capacidade no armazenamento interno fornecem espaço suficiente para tudo e mais alguma coisa. Estes são dois atributos surpreendentes e muito bem-vindos nesta faixa de preço até aos 250 €.
Na realidade, estamos perante um smartphone com desempenho bom e sólido para o segmento acessível em que está posicionado e mais não lhe podemos exigir.
Interface
O Moto G56 chega a executar Android 15. A marca promete muitas atualizações de segurança, mas no que respeita a software o modelo apenas terá duas; por outras palavras, vai receber o Android 16 e o 17.
Sabemos que é habitual neste segmento de preço, mas ainda assim gostaríamos de ver, pelo menos, mais uma grande atualização incluída.
Pelo lado positivo, a interface não podia ser mais intuitiva e amigável para navegar. Fornece uma experiência de utilização bastante boa, com poucas – ou mesmo nenhumas – funcionalidades escondidas. Ah e praticamente não tem bloatware. Parabéns, Motorola.
Câmara
O Moto G56 chega com um modo que te permite acionar rapidamente a câmara, sem necessidade sequer de tocar no ícone da aplicação nativa. Basta pressionar duas vezes o botão de bloqueio para que a câmara seja imediatamente ativada. Funciona bem e é célere o suficiente para conseguires captar momentos que possam ser mais rápidos.


Quanto às especificações, aqui estamos perante uma câmara dupla, liderada por um sensor de 50 megapixéis que está acompanhado por um ultra grande angular de oito megapixéis. Na frente, tens um sensor com 32 megapixéis de resolução. Pela lista de especificações, os fotógrafos mais exigentes já viram que este não é o smartphone ideal para as suas necessidades.
De uma forma geral, o Moto G56 fornece imagens com boa cor e lida bem com espaços banhados pelo Sol e sombra, em simultâneo. No entanto, falta-lhe algum detalhe e nitidez nos resultados que entrega.

Quanto ao ultra grande angular, as imagens chegam com mais detalhe, mas em contrapartida as cores não são tão vívidas como gostaríamos.

A câmara frontal de 32 megapixéis funciona bem para videochamadas, mas em modo retrato para selfies revela alguma dificuldade em dias com mais Sol. Pelo lado positivo, o efeito bokeh incisivo destaca o sujeito fotografado, colocando-o definitivamente em primeiro plano.
Quanto ao vídeo, este modelo grava na resolução 1080p até 60 frames por segundo. Em baixo, deixo-te uma amostra do que é capaz neste campo.
Em resumo, este não é o smartphone ideal para levar nas férias de sonho. Mas para pessoas que precisem sobretudo de fazer videochamadas e fotos ocasionais, o Moto G56, pelo seu preço acessível, é um investimento a considerar.
Bateria
Este é o ponto em que o Moto G56 mais se destaca. Estamos perante um modelo que acomoda uma bateria enorme de 5.200 mAh de capacidade.
Autonomia é coisa que não te vai faltar. Mediante uma utilização considerada normal, dura mais que um dia. E essa é uma característica difícil de encontrar atualmente.
Conta com suporte para carregamento rápido de 33 watts e um carregamento completo leva aproximadamente 1 hora e 20 minutos. Mas se o carregares apenas até 80%, em cerca de 50 minutos podes tirá-lo do carregamento.
Para quem é o Motorola Moto G56?
Pelas suas especificações e posicionamento no mercado, este smartphone é ideal para:
- Utilizadores que estão agora a começar a usar o smartphone, diariamente, pela primeira vez. Sim, crianças ou jovens adultos. Dada a sua qualidade de construção é capaz de aguentar rotinas mais dadas a acidentes
- Utilizadores que dão prioridade à autonomia. Com uma bateria de 5.200 mAh, o Moto G56 dura mais do que um dia, mediante uma utilização normal.
- Utilizadores que preferem uma interface intuitiva de usar e que não venha com demasiado bloatware.
Conclusão
O Moto G56 da Motorola chega com um preço acessível de 249 €. Alguns dos seus atributos condizem com a faixa de preço humilde, mas outros são surpreendentes e muito bem-vindos. Pelo lado positivo, a bateria de 5.200 mAh, um design cheio de estilo e uma qualidade de construção robusta e à prova de rotinas mais radicais.
Este modelo apresenta também um bom ecrã, ainda que haja aqui umas arestas a limar e um desempenho sólido que apenas não aguenta jogos graficamente exigentes. Não vai convencer os fotógrafos mais exigentes, mas consegue ser rápido a acionar a câmara, graças a um mecanismo rápido. Mas, contas feitas, estamos perante um smartphone que implica um investimento acessível e que é uma boa compra para quem dá prioridade à autonomia.