A Índia acaba de fazer história ao conseguir que a Chandrayaan-3 fosse bem-sucedida na sua alunagem no polo Sul da Lua.
Esta é a primeira vez que uma sonda aterra nesta zona lunar e a exploração já começou com o robô a enviar as primeiras imagens deste local, até agora, inexplorado.
Chandrayaan-3: uma missão com orçamento apertado
Ainda que seja o quarto país a conseguir chegar à Lua, a Índia fez história ao ser a primeira potência espacial a conseguir uma alunagem bem-sucedida no polo Sul do satélite natural. O local é considerado como um dos mais difíceis para as sondas pousarem e, até agora, mantinha-se inexplorado.
O robô da Chandrayaan-3 já está a percorrer a superfície lunar para cumprir a sua tarefa de descobrir água gelada, que supostamente existe na zona, de recolher amostras de solo e enviar para a Terra imagens e dados daquela área. As primeiras imagens do local em que o robô se encontra foram já partilhadas, pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), na rede social X.
Esta alunagem feliz da missão indiana acontece dias depois de a Rússia ter falhado uma alunagem na mesma área.
Uma das particularidades desta missão indiana é, sem dúvida, o seu orçamento apertado que estava estimado em cerca de 75 milhões de dólares, aproximadamente 70 milhões de euros. No entanto, o facto de o lançamento da Chandrayaan-3 ter sido adiado por dois anos, terá aumentado os custos desta missão.
Quando questionada pela CNBC sobre qual o atual custo desta missão, a ISRO optou por não revelar em quanto terá sido já ultrapassado o orçamento inicial que é considerado um dos mais baixos de sempre.
Próximos projetos espaciais da Índia
Nos últimos anos, a Índia tem vindo a desenvolver o programa espacial do país e pode transformar-se numa futura potência nesta área.
Recorde-se que em 2019, já tinha tentado uma alunagem no polo Sul da Lua, mas a missão Chandrayaan-2 falhou já no local, no momento de desaceleração para alunagem. Em 2014, a Índia foi também o primeiro país asiático a conseguir colocar uma nave na órbita de Marte.
Mas a ISRO tem já definidos os planos espaciais para os próximos anos. Já em setembro pretende enviar uma sonda em direção ao Sol.
Em 2024, planeia realizar uma missão de três dias na órbita da Terra com tripulação humana a bordo e em 2025 quer enviar mais uma sonda para a Lua, mas desta vez em parceria com o Japão.
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