
A Microsoft está a causar furor com um novo sistema de Inteligência Artificial: o Microsoft AI Diagnostic Orchestrator (MAI-DxO)—segundo avança o Health News. Um sistema altamente eficaz, que promete superar médicos humanos. Estaremos prestes a conhecer médicos robôs?
Testes já começaram e não param de surpreender
A Microsoft pôs a IA a competir com 21 médicos experientes, dos EUA e Reino Unido. Como base, usou casos clínicos altamente complexos do prestigiado New England Journal of Medicine.
O resultado? O MAI-DxO acertou em 85,5% dos diagnósticos. Um número impressionante, que não se fica por aqui.
E porquê? Porque, o mais surpreendente, é que, quando os médicos agiram sozinhos, a taxa de sucesso desceu para 20%. Uma diferença abismal que faz pensar no potencial desta tecnologia.
Mas... porque é que este sistema de IA impressiona?
O que torna este sistema tão especial é a forma como trabalha, e tudo porque não se trata de um algoritmo simples.
Ao que parece, o MAI-DxO funciona como uma espécie de "equipa de debate" de várias inteligências artificiais. Este sistema usa vários Large Language Models (LLMs), incluindo variantes do ChatGPT e do Google Gemini.
Estes modelos interagem como se estivessem a discutir um caso clínico. Por isso, reveem informações, desafiam as sugestões uns dos outros e afinam diagnósticos até chegarem a uma conclusão.
Falamos, por isso, de uma abordagem colaborativa muito eficaz. Mas há mais: parece que esta capacidade de chegar ao diagnóstico também evita a realização de testes desnecessários—levando a um menor gasto orçamental.
Microsoft não quer substituir ninguém
A Microsoft garante que quer usar a IA como ferramenta (que não vai substituir um médico humano).
A ideia é ajudar estes profissionais a serem melhores, mais rápidos e infalíveis no dia a dia. O objetivo é que este sistema de IA liberte os profissionais de saúde de tarefas rotineiras—para que se foquem no que realmente importa: o cuidado e a relação com cada paciente, especialmente nos casos mais desafiadores.
Embora os resultados sejam promissores, este sistema não foi testado em ambientes clínicos reais. Por isso, resta saber como a IA se vai adaptar a esse contexto.