Discos SSD: como escolher os melhores e mais baratos

Jorge Lopes
Jorge Lopes
Tempo de leitura: 7 min.

Optar pelo maravilhoso mundo dos discos SSD é um excelente upgrade ao computador quando procuramos mais velocidade no desempenho do PC desktop e menos peso na hora de andar com o portátil de um lado para o outro.

Mas os preços dos Solid State Drives (SSD) ainda são bastante mais elevados que os dos seus “companheiros” HDD (Hard Disk Drives), o que acaba sempre por ser um entrave, certo?

Existem, no entanto, alguns bons negócios que podemos aproveitar na hora de adquirir um componente do género – tal como podes ver na lista mais à frente – e ainda algumas dicas que deixamos para que a escolha e utilização do disco SSD sejam as mais adequadas.

Tudo depende do valor que tens disponível para a compra de uma unidade SSD e do que pretendes fazer com o computador em que a estás a instalar, já que em certos casos pode não compensar o investimento, acredita.

Discos SSD: conselhos de compra, instalação e uso

O que motiva a escolha de um SSD sobre a de um HDD, ou o upgrade, são vários fatores: o consumo de energia mais reduzido, as velocidades até 4x mais céleres, o silêncio (visto que um disco SSD não inclui partes mecânicas que gerem ruído), a longevidade um pouco mais "apurada" e a leveza, entre outros fatores.

Por outro lado, os discos SSD são bem mais caros que os HDD, mesmo no segmento das 2,5 polegadas, e não são tão espaçosos, de certa forma, já que estamos de momento nos 4 TB de máximo quando os HDD podem ir até 10 TB em setups desktop, por exemplo.

Em termos de instalação, os SSD funcionam de forma muito parecida face aos HDD de 2,5 polegadas que encontramos no interior de qualquer portátil. São equivalentes em dimensões físicas, a interface também se baseia na ligação SATA III (ou II, ainda) e o processo de deteção por parte dos sistemas operativos ocorre da mesma forma.

A diferença surge de um modo mais vincado em relação aos discos HDD de 3,5 polegadas, mais pesados e volumosos, que ainda encontramos dentro de muitos computadores de secretária.

Eis algumas dicas de apoio à compra e à utilização em geral de um disco SSD:

  • Há sempre necessidade de analisar o custo por GB no momento de comprar. Mas mais importante é verificar a capacidade de que precisamos, efetivamente. Os SSD não se destinam a armazenamento de ficheiros, o objetivo passa por obter mais desempenho no acesso aos ficheiros, pelo que espaço vazio é "mau negócio".
  • Esperar por promoções é sempre o melhor conselho que podemos dar. São tantas as marcas e modelos que o preço pode acabar por ser o principal critério de decisão. Dá também atenção às velocidades de leitura e escrita.
  • Se o upgrade é no portátil, valerá a pena comprar um SSD um pouco maior, visto que na maior parte das vezes a máquina inclui apenas essa unidade de disco (particionada ou não). Já no PC desktop é diferente: devemos ter o sistema operativo, os programas e o jogos instalados num SSD com drive principal, com os restantes ficheiros armazenados num HDD adicional.
  • Após a instalação, é importante evitar a desfragmentação das unidades, algo que sempre tivemos como hábito fazer com as unidades HDD. Não há essa necessidade nos discos SSD.
  • Da mesma forma, é sempre bom deixar até 15% da capacidade total livre, para garantir que o disco SSD permanece “ágil” à medida que o tempo vai passando. Tal como num HDD, aliás.
  • Ao contrário dos HDD, os discos SSD beneficiam com uma constante atualização dos drivers e do firmware, sempre que estiverem disponíveis novas versões.
  • Valerá a pena desligar a indexação de ficheiros nos discos SSD, já que dispensamos lentidão trazida por este processo sempre que adicionamos ou removemos novos dados na unidade em causa. Podemos fazer isso no menu ‘Propriedades’ do disco.
  • As definições de energia do Windows 10 influenciam o desempenho dos discos SSD, sabias? Para que estes estejam sempre na "máxima força", deves definir o modo de energia para 'Desempenho máximo'.

Então... discos SSD ou HDD?

Basicamente, um disco HDD é ainda recomendado para quem necessita acima de tudo de armazenar ficheiros e não pretende gastar muito, sem dar grande atenção ao desempenho e a leveza extra, se for no portátil.

Um disco SSD, por seu turno, é indicado para o utilizador que procura desempenho acima de tudo, que não tem assim tantos ficheiros volumosos para armazenar no disco principal do sistema e está disposto a pagar mais por tudo isto.

Dica extra: se tens aí por casa um disco externo de 2,5 polegadas HDD avariado, lembra-te que é possível que a caixa exterior e a interface estejam a funcionar bem.

Abrindo o dispositivo e instalando uma nova drive SSD pode fazer com que fiques com um novo disco externo, ainda para mais SSD.

Quando a soluções propriamente ditas, a oferta nas lojas da especialidade é bastante vasta, como calculas. Os discos SSD que listamos abaixo são apenas exemplos do que de momento as marcas mais reconhecidas no segmento estão a disponibilizar.

Avançamos com sugestões distintas em função da capacidade de armazenamento e do tipo de uso a dar ao componente. E não esqueças que o custo de disco SSD está no preço por GB e não no preço total.

Discos SSD com boa relação qualidade/preço

Crucial BX500 120GB

  • Capacidade: 120 GB
  • Interface: SATA III 6 GB/seg.
  • Escrita: até 500 MB/seg.
  • Leitura: até 540 MB/seg.
  • Preço: desde 28 euros

Com controlador Silicon Motion SM2258, o “cérebro” do componente, este SSD da Crucial é um exemplo do que existe hoje de mais barato no segmento, seja para instalar no portátil ou no desktop.

Distingue-se por não ser dos mais lentos neste patamar de preço, chegando aos 500 MB por segundo tanto na leitura como na escrita de dados.

Kingston A400

  • Capacidade: 240 GB
  • Interface: SATA III 6 GB/seg.
  • Escrita: até 350 MB/seg.
  • Leitura: até 500 MB/seg.
  • Preço: desde 39 euros

São vários os “argumentos” deste modelo de 240 GB, mesmo não sendo o mais rápido do segmento (convence pelo preço…), sem esquecer a interface SATA de 3ª geração, um ponto comum a todos os modelos neste grupo.

Com 100 x 69,9 x 7 mm e 41 gramas, dimensões e peso totalmente dentro da média da gama.

Toshiba TR200 480GB 3D TLC

  • Capacidade: 480 GB
  • Interface: SATA III 6 GB/seg.
  • Escrita: até 540 MB/seg.
  • Leitura: até 555 MB/seg.
  • Preço: desde 74 euros

A Toshiba também disponibiliza unidades SSD que combinam bem preços e capacidades, sendo que este TR200, com 100,45 x 69,85 x 7 mm, distingue-se pela criação de memória flash baseada na tecnologia BiCS de 64 camadas da marca.

Para quem procura um SSD já com alguma capacidade, mas ainda assim sem gastar demasiado.

SanDisk Ultra 3D 1TB 3D NAND

  • Capacidade: 1 TB
  • Interface: SATA III 6 GB/seg.
  • Escrita: até 530 MB/seg.
  • Leitura: até 560 MB/seg.
  • Preço: desde 179 euros

Para proceder a um upgrade com um SSD que já alcance a marca de 1 TB, já será necessário gastar um pouco mais, como se vê por este bom exemplo da SanDisk, marca com tradição em cartões de memória.

Com 69,95 x 100,50 x 7 mm e velocidades “agradáveis” tendo em conta o preço e a comparação com vários modelos concorrentes.

Western Digital Blue 3D NAND

  • Capacidade: 2 TB
  • Interface: SATA III 6 GB/seg.
  • Escrita: até 525 MB/seg.
  • Leitura: até 550 MB/seg.
  • Preço: desde 386 euros

O formato de 2,5 polegadas com 7 mm deste Western Digital é o mesmo dos outros discos SSD nesta lista, mas a capacidade “atira-se” já para a fasquia dos 2 TB, que é um patamar já bastante bom para quem procura um upgrade para um portátil gaming, por exemplo, que tem sempre de combinar desempenho com espaço disponível.

A marca anuncia um consumo de energia de menos 25% face à concorrência.

Samsung 850 Evo Basic

  • Capacidade: 4 TB
  • Interface: SATA III 6 GB/seg.
  • Escrita: até 520 MB/seg.
  • Leitura: até 540 MB/seg.
  • Preço: desde 885 euros

Por fim, a “bomba” de 4 TB da Samsung, como não poderia deixar de ser, a pensar nos utilizadores mais exigentes que necessitam de muito espaço e do desempenho típico destas unidades (quando combinadas) com uma configuração à altura.

O preço é elevado, claro, num disco equipado com encriptação AES de 256-bits por hardware, 55 gramas e uma espessura de 6,8 mm.

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