M2: novos chips da Apple roubarão utilizadores ao Windows da Microsoft

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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A mais recente geração de computadores portáteis da Apple equipados com o processador M2 têm o potencial para causar danos significativos à quota de mercado da Microsoft com o seu Windows. Estas são as conclusões apontadas pela agência Gartner.

O seu novo relatório afirma que a mais recente geração de computadores Apple pode, efetivamente, fazer pender a balança para o lado da gigante de Cupertino. Ou seja, a quota de mercado dominante da Microsoft pode, daqui em diante, ficar em risco.

O enorme potencial dos novos processadores Apple M2

A primeira geração de processadores desenhados e concebidos pela Apple foi apresentada em 2022. Entretanto, observamos as suas potencialidades na vida real e vários produtos da marca a adotar este "motor". Todavia, foi na semana passada que ficamos a conhecer uma pequena revolução no seio da Apple aquando da apresentação oficial da segunda geração de processadores.

São mais poderosos, capazes de lidar com mais informação e gráficos (ainda) mais exigentes. O melhor de tudo? São mais eficientes e isso significa que pouparão mais bateria, equivalendo assim a uma maior autonomia de bateria. Escusado será dizer que mais autonomia e poder de processamento são sempre aspetos desejáveis num computador.

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Em causa está o relato de Mikako Kitagawa da agência Gartner, citado pela publicação CNBC. Este relato afirma que a Apple continuará a aumentar a sua quota de mercado no segmento dos computadores muito graças aos novos Apple M2.

Por outro lado, olhando para os valores de 2021, a Apple registou no último ano uma quota de mercado de 7,9% face aos dominantes 81,8% de computadores Windows da Microsoft. Não obstante, a gigante de Cupertino está numa fase de crescimento exponencial, tendência que se manterá durante os próximos anos.

Esta mesma fonte sugere que, em 2026, a quota de mercado da Apple estará nos 10,7%, ao passo que a Microsoft sofrerá uma quebra para os 80,5% neste mercado. Mais uma vez, o crescimento da empresa de Tim Cook será cimentado sobretudo nos processadores desenvolvidos pela própria marca como grande motor de inovação.

A resposta da Microsoft envolverá sobretudo os seus Surface

Importa notar que estamos, de momento, no reino das previsões, mesmo que informadas e publicadas por uma das mais respeitadas agências de análise de mercado. De qualquer modo, a entidade sublinha o forte ímpeto da tecnológica de Cupertino, ao passo que a Microsoft também melhora gradualmente os seus Surface.

Por outro lado, e baseado em dados concretos, as vendas de computadores Mac, para já um nicho, cresceram 23% durante o ano fiscal de 2021, arrecadando mais de 35 mil milhões de dólares. Um crescimento sólido, que, para a Gartner, se continuará a verificar no decurso dos próximos meses.

Tem assim a Apple o futuro desimpedido enquanto continuar a criar máquinas de trabalho fiáveis e de desempenho ímpar. Em simultâneo, vemos também mais marcas, empresas e software de trabalho e produtividade a depositar grande atenção nos computadores de Cupertino como é o caso da Adobe.

Ambas as empresas continuarão separadas por vários aspetos, sendo o sistema operativo o mais notório. No entanto, o apelo do macOS, aliado à perícia e capacidades dos processadores desenvolvidos pela empresa de Tim Cook começam a ficar difíceis de ignorar para o grande público. Mesmo assim, as suas máquinas continuam a ser (cada vez) mais caras.

Por fim, de acordo com os analistas de mercado, caso a Microsoft continue a perder quota de mercado, perderá também a possibilidade de controlar o preço do seu sistema operativo Windows. Algo que afetará a empresa sobretudo na vertente empresarial.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.