O co-fundador e presidente da Valve quer revolucionar a forma como jogámos através de uma ligação entre o cérebro humano e um computador, relação que é conhecida como BCI (brain-computer interfaces).
Durante uma entrevista com um meio da Nova Zelândia Gabe Newell admitiu que se trata de um conceito elaborado mas que seria imprudente ignorar o potencial desta área.
Newell garante que a Valve está já a trabalhar com capacetes OpenBCI de forma a desenvolver software que facilite a compreensão dos sinais emitidos pelo cérebro.
Interfaces cérebro-computador podem ser o futuro dos videojogos
Na sua forma mais básica isto pode permitir que um computador seja capaz de identificar se um jogador está a gostar de um determinado videojogo, ajustando a experiência em conformidade.
Um exemplo prático é a possibilidade da dificuldade ser aumentada caso a máquina detete que o jogador está a ficar aborrecido. Apesar disto Newell tem ideias mais ambiciosas, que envolvem inscrever sinais no cérebro em vez de apenas os ler.
O executivo e produtor sugere que a nossa habilidade para experienciar os jogos já existentes está limitada pelo nosso corpo. Um interface direto com o cérebro do jogador pode abrir, desta forma, uma vasto leque de novas possibilidades.
Newell garante que o mundo real vai parecer descolorido e aborrecido em comparação com as experiências que será capaz de recriar no cérebro de cada um.
Valve já investiga os BCI há muito tempo
Esta entrevista não marca a primeira vez que a Valve fala abertamente sobre interfaces cérebro-computador. O psicólogo experimental da companhia falou em 2019 sobre o seu trabalho na área, tocando nas várias possibilidades deixadas em aberto por esta tecnologia.
Os BCI podem ser aplicados numa variedade de áreas que vão muito para além dos videojogos. A tecnologia pode ser usada, por exemplo, para melhorar o sono das pessoas.
Uma das formas práticas de aplicação é a criação de uma app onde colocas o número de horas e sono REM que desejas, com o BCI a encarregar-se do resto.
Apesar de todo este potencial, o próprio Newell admite que este tipo de interface acarreta alguns riscos. É possível usar um BCI para fazer mal aos outros, fazendo-o sentir dor, por exemplo.
É um tópico complicado, ao qual se junta a possibilidade de criação de vírus para estes sistemas, com todos os efeitos nefastos que podem ter para o utilizador.
Outras empresas, como a Neuralink de Elon Musk estão também a trabalhar nesta área, com objetivos bastante ambiciosos. A tecnologia terá necessariamente de ser segura para ser colocada no mercado, com especial destaque para métodos não invasivos de aplicação.
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