
Numa altura em que as principais fabricantes continuam a trabalhar em novas baterias, nomeadamente a MG com a primeira bateria em estado semissólido e a BYD com a bateria em estado sólido, eis que há mais uma novidade prometedora!
Isto porque um grupo de investigadores do Instituto de Ciência de Tóquio conseguiu desenvolver uma bateria de hidrogénio que promete dar muito que falar. Isto porque, ao contrário do que acontece com as atuais, tem a capacidade de operar a temperaturas extremamente baixas por comparações com as atuais de iões de lítio.
Na prática, isto traduz-se em baterias com maior capacidade de armazenar energia, duradouras e eficientes. A inovação, publicada recentemente na revista Science, combina hidreto de magnésio como ânodo e gás de hidrogénio como cátodo, utilizando um eletrólito sólido cristalino.
Estas propriedades da nossa bateria de armazenamento de hidrogénio eram anteriormente inatingíveis através de métodos térmicos convencionais ou eletrólitos líquidos, oferecendo uma base para sistemas de armazenamento de hidrogénio eficientes adequados para utilização como transportadores de energia", explicou Takashi Hirose, líder do estudo.
Os principais benefícios desta bateria
Assim, este novo sistema consegue operar a apenas 90 °C – por oposição aos 300 e 400 °C vigente –, aumentando a viabilidade prática e o potencial de utilização em veículos elétricos. Em suma, existem três grandes vantagens nestas baterias:
- Maior capacidade de armazenamento;
- Alta condutividade iónica à temperatura ambiente;
- Armazenamento e libertação controlada de hidrogénio.
A verdade é que esta bateria ainda não está apta para ser utilizada no imediato uma vez que a sua temperatura de funcionamento é ligeiramente inferior ao ponto de ebulição da água.
Contudo, esta é uma descoberta deveras importante e que certamente vai marcar o futuro das baterias (não só dos veículos elétricos).